Por: Arimateia Azevedo
Wellington Dias (PT), em janeiro inicia seu quarto mandato de governador do Piauí, e admite passar uma faca na estrutura administrativa que ele próprio fermentou. Há órgãos demais e o que poderia ser uma descentralização mais se parece com bagunça pura e simplesmente q ele perdeu o controle.
Exemplo dessa balbúrdia administrativa é que um decreto do governador expandiu para praticamente toda a administração pública a possibilidade de fazer obras de mobilidade urbana, também conhecidas como calçamento e asfalto. Somente pôr fim a essa farra já seria um enorme passo. Mas o governo precisa ir além. Cortar pela metade, pelo menos, o número de órgãos executivos, com orçamentos próprios, já seria de boa monta, ou seja, determinar que cada macaco esteja no seu galho. Se as despesas de investimentos do Estado forem concentradas em organismos que melhor cuidam disso, como as secretarias responsáveis por infraestrutura, logística e transporte, as despesas de capital certamente poderão ter melhores resultados na relação custo-benefício. Mas sem dúvida a reforma mais eficiente que o governador pode fazer é acabar com o padrão feudal que tem sido a marca de seu governo, em que cada político tem um naco de poder e nele age conforme suas regras e interesses.
Se deseja mesmo fazer uma reforma administrativa digna de nota, o governador poderia começar tendo um governo mais técnico e menos, mas muito menos político, além de seguir aquele conselho antigo de Tancredo Neves, para quem não se deve nomear quem não se pode ou não se consegue demitir.