Risco político

Por:Arimatéia Azevedo
Houve um político no Piauí que ganhou uma eleição graças a uma reviravolta espetacular, que despachou para a periferia do poder um candidato a governador que já se considerava no cargo antes da eleição. Eleito e reeleito e depois conduzido ao Senado nessa mesma onda de renovação e revolta popular, esse político passou a se considerar não somente um homem bafejado pela deusa da fortuna, mas um gênio das estratégias política, quase um Maquiavel dos tempos atuais. O tempo, senhor da razão, que nunca para e nunca envelhece, cuidou de recolocar o político no seu tamanho devido e hoje esse homem cujo poder e popularidade foram grandes demais, se esfalfa para conseguir ser eleito prefeito de Parnaíba, a segunda maior do estado, mas, convenhamos, periferia do poder para quem já teve tanto como o ex-senador e ex-governador Mão Santa. Conta-se aqui essa história real de um homem que se julgou autossuficiente demais para estabelecer um paralelo com outro político também abençoado pela fortuna, o senador Wellington Dias, que em 20 anos saiu de vereador a senador, com sete anos na principal cadeira do Palácio de Karnak. Esse êxito pessoal e político, porém, não pode lhe tirar a humildade. Se perde essa virtude, pode terminar como Mão Santa, correndo atrás de uma cadeira menor que sua biografia.

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