Senadores não estavam interessados em ouvir, mas em linchar Yamaguchi

Senadores não estavam interessados em ouvir, mas em linchar YamaguchiNão a deixaram falar, expor suas razões, e isso é um velho truque para não correr riscos de perder o debate

A CPI da Pandemia foi outra vez palco de humilhações a uma mulher sob silêncio constrangedor da lacrolândia, que só protesta quando a vítima de tratamento indigno é de esquerda.

Ficou claro que a CPI não queria ouvir a médica Nise Yamaguchi, queria submetê-la a linchamento. Não a deixaram falar, expor suas razões, suas convicções.

Não permitir que o outro lado exponha seu pensamento, por meio de interrupções, é um velho truque para não correr riscos de perder o debate. Deu certo. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O jeito calmo e didático da médica incomodou o presidente da CPI, que a interrompeu para recomendar que ninguém acreditasse no que ela dizia.

Otto Alencar tentou desqualificar os mais de 40 anos de experiência da médica, sem permitir que ela sequer respondesse às perguntas.

Para o cientista político Paulo Kramer, o tratamento foi indigno e provou que “o feminismo não passa de um puxadinho vagabundo da esquerda”.

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