Por Bárbara Rodrigues
Servidores da Educação pública estadual realizaram uma manifestação em frente a Secretaria Estadual da Educação, localizada no Centro Administrativo em Teresina, por melhorias na categoria.
A presidente do Sinte-PI, Paulina Almeida, afirmou que a categoria busca a valorização dos profissionais, concurso público e é contra a implementação de 100% das escolas em tempo integral porque não haveria estrutura.
“Nós concordamos com apenas 50% das escolas em tempo integral, como diz o plano estadual. O governo quer implementar 100%, mas a qualidade não tem, se tivesse qualidade nós seríamos a favor, mas não é esse o caso, então não adianta”, afirmou.
O sindicato ainda busca a realização de um concurso e faz um mapeamento para descobrir como está a real situação estadual.
“Nós estamos fazendo um mapeamento na capital e nas cidades onde tem os 27 polos para a gente trazer quantos funcionários o Piauí precisa hoje, porque temos um grande número de pessoas temporárias. Hoje os temporários são uma média de mais de 8 mil e isso é ridículo para um governo democrático popular. Se hoje os aposentados pagam em torno de 11% para a previdência, e tendo concurso esse problema vai amenizar, pois as pessoas vão contribuir para a previdência privada do Piauí e não o INSS”, disse Paulina.
A categoria ainda cobra valorização profissional.
“A bonificação que estão dando, não é boa porque não incide no salário, na aposentadoria, é algo temporário, por isso a nossa luta é pelo reajuste linear na carreira, pois isso permanece no vencimento, para a vida, inclusive na aposentadoria”, declarou.
Ela disse ainda que não está tendo diálogo com o governo. “O que nós queremos é contribuir com a gestão, dar ideias e isso nós não somos ouvidos”, destacou.
Secretário responde
Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (12), o secretário de Educação, Washington Bandeira, afirmou que vem dialogando com a direção do Sinte-PI desde o período da transição para conseguir atender as demandas da categoria.
“Com a direção do Sindicato, desde a transição, estamos conversando em uma mesa permanente de diálogo e negociação. Fui o primeiro secretário de Educação que procurou o Sinte para dialogar ainda na transição. Todos os meses temos esse momento de diálogo”, disse.
O gestor pontuou benefícios que estão sendo implementados, como o rateio dos R$ 190 do precatório do Fundef, R$ 200 milhões de bonificação do Fundeb, o reajuste dos professores substitutos, reajuste do piso e o aumento das gratificações para professores e diretores.
Além dessas questões, Washington Bandeira garantiu que apesar das dificuldades financeiras, o governador Rafael Fonteles estuda a concessão de reajuste no vencimento dos servidores estaduais.
“O governador Rafael Fonteles já avisou publicamente que vai iniciar a mesa de negociação não só com os trabalhadores da Educação, mas com todas as categorias, para um reajuste muito possivelmente no próximo ano. Mas é certo que vivemos uma realidade complicada”, pontuou o gestor.