Siafi mostra que bancada do Piauí tem prestígio zero

Quanto mais a bancada do Piauí é governista, menos o Estado recebe recursos de Brasília provenientes de emendas parlamentares. Pelo menos é isso o que mostra levantamento feito pelo Diário do Povo junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). A pesquisa evidencia um declínio nos valores dos empenhos e liberações de emendas de bancada do Piauí dos últimos 4 anos do governo de Wellington Dias e do primeiro orçamento do governador Wilson Martins à frente do Palácio de Karnak. 
O levantamento indica que os melhores anos de liberação de emendas de bancada parlamentares para o Piauí foram os de 2006 e 2007, quando foram pagos R$ 125 milhões em cada orçamento. Já a partir de 2008, a quantia de liberações sofreu um corte drástico, chegando a um patamar de R$ 27 milhões, seguindo de valores parecidos até 2010, o equivalente a cerca de 25% do que foi liberado nos primeiros anos em análise.
Em todos os orçamentos federais, com exceção do de 2006, o valor empenhado – ou seja, o valor que pode ser pago futuramente -, é sempre bem inferior ao aprovado na peça orçamentária. No ano de 2008, por exemplo, foi aprovado o valor de R$ 283 milhões, mas só foram empenhados R$ 67 milhões, menos de 25% do que tinha sido estabelecido previamente. Em 2009, outro exemplo: foram aprovados R$ 297 milhões, mas só foram empenhados R$ 96 milhões. 
Em 2010, o governador Wilson Martins não conseguiu aumentar, através da bancada federal, o que foi liberado para o governo de Wellington Dias, nos anos de 2008 e 2009, e manteve a média de liberação no patamar de R$ 28 milhões, de um total de R$ 172 milhões empenhados. Por essa época, ele passava o tempo todo na TV garganteando que jogava no time de Lula e de Dilma, junto com a bancada federal!
Já este ano, segundo orçamento do governo de Wilson Martins, até o momento nenhuma emenda de bancada foi empenhada, como mostra o levantamento. O que os governistas  (a partir do próprio presidente da República) diziam, na campanha eleitoral do ano passado, era que os dois senadores da oposição – Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC) – atrapalhavam o Piauí em Brasília. 
Os dois foram derrotados e a bancada do Piauí e, hoje, 100% governista. Nunca se viu isso na história do Piauí. Nem nos anos de chumbo da ditadura. Mas, inexplicavelmente, a situação da liberação das verbas orçamentárias relativas às emendas parlamentares se agravou. Nem os 25% regulamentares estão sendo mais liberados pelo Planalto. Este ano, a liberação de recursos para o Piauí, via emendas parlamentares, foi zero. Diário do Povo

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