
Segundo a entidade, o número de contratados ou prestadores de serviço saltou de 12.650, no início da gestão do governador Rafael Fonteles, para 42.546 em dezembro de 2024. Esse número se aproxima da quantidade de servidores efetivos ou comissionados no mesmo período, que somaram 42.876.
O sindicato questiona a expansão da contratação temporária em detrimento de concursos públicos e aponta que essa prática afeta diretamente o equilíbrio do regime próprio de previdência do estado. Como os contratados contribuem para o INSS, e não para o fundo estadual, o Estado deixa de arrecadar receitas que poderiam ajudar a reduzir o déficit previdenciário.
Ainda segundo o Sinatfisco, os gastos com terceirizações cresceram significativamente. Em 2023, o Executivo estadual desembolsou R$ 239,2 milhões com contratos indiretos. Já em 2024, esse valor subiu para R$ 614,5 milhões — um aumento de R$ 375,3 milhões. Na comparação mensal, a despesa passou de R$ 12,1 milhões em março de 2023 para R$ 53,3 milhões em novembro de 2024, o que representa um crescimento superior a 340%.
O sindicato também criticou o reajuste salarial de 5,35% concedido aos servidores efetivos, considerando-o insuficiente diante da defasagem acumulada pela inflação dos últimos anos. Para a entidade, a prioridade do governo tem sido expandir a contratação indireta, enquanto as pautas salariais e estruturais dos servidores de carreira seguem sem avanços concretos. (Lupa1)