Greve de professores
Marcada para começar na segunda-feira, a greve de professores da rede pública estadual de ensino pode ser um movimento parecido com o vento em Teresina, bem parado.
A razão disso é que nos últimos oito anos todas as greves terminaram sem ganhos para a categoria.
Predio da Secretaria da Seduc:
A greve a anunciada para proxima semana não rendeu ganhos para a categoria em anos anteriores
Sem concurso
Faz 11 anos que o governo do Piauí não realiza concurso para professores. Nesse mesmo período, fez oito concursos públicos na área de segurança pública – três para PM, dois para bombeiros militares, um para policial penal, outro para policiais civis e um para delegado.
Sem greve
Sem concurso para professor, crescente número de professores efetivos se aposentando ou mudando para outras carreiras mais promissoras, o quadro do magistério público estadual foi se firmando com professores substitutos – que pela fragilidade jurídica de seus contratos não fazem greve.
Temporários
Segundo o Sindicato dos Professores (Sinte), haveria 20 mil trabalhadores temporários na área da educação pública estadual.
O número parece exagerado, mas não é exagero dizer que mais da metade dos professores do Piauí atualmente são celetistas, ou seja, contratados precariamente e sem concurso.
Os contratos
A precarização dos contratos é apenas um aspecto do desfazimento da carreira do magistério público estadual ao longo das últimas duas décadas.
Em 2012, por exemplo, durante a gestão de Wilson Martins, os professores perderam a gratificação por regência em sala de aula. (Portalaz)