Soldados da PM querem salários de até R$ 6,5 mil, como na Polícia Civil

Segundo publicação do jornal Diário do Povo desta quarta-feira (15/03), o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) está indignado com a proposta que os policiais militares apresentaram à equipe econômica do Governo, pedindo reajuste de salário. O presidente da Associação dos Oficiais da PM-PI, Carlos Pinho, apresentou uma tabela pedindo a equiparação do salário dos militares aos dos policiais civis.
A PM-PI tem cerca de 6 mil homens e a Polícia Civil em torno de 1,6 mil. O salário de um soldado PM-Pl gira em torno de RS 3,8 mil e o de um agente da Polícia Civil em torno de R$ 6,5 mil, com os subsídios de vantagem extra, adicional noturno, insalubridade, periculosidade e auxílio alimentação.
O presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, reclamou da equiparação e informou que a Câmara Municipal marcou uma audiência pública para discutir o assunto no dia 17. Ele alegou que a Câmara não tem competência para deliberar sobre o assunto. “Não somos contra os pedido de aumento da PM, mas não tem nada a ver a comparação com a Polícia Civil, nem legal e nem constitucional”, declarou.
Constantino Júnior disse ao Diário Do Povo que o coronel Carlos Pinho apresentou o projeto vinculando a PM a Civil, sob o argumento que a PM tem mais envergadura que a policia civil. O militar alegou que a PM é quem fazer o policiamento ostensivo e os flagrantes, responsável por 30% das ocorrências. O Sinpolpi contra-argumentou dizendo que o policiamento ostensivo e flagrantes são papeis da PM. E que a civil realiza 70% das ocorrências sem a participação da PM. “Somos contrários a incursão de PMs fazendo serviços da civil e vamos denunciar isso ao Ministério Público”,completou o sindicalista.
“Não se podem tratar de siguais de forma igual. Para entrar na Civil tem que ter curso superior. Na PM só precisa do segundo grau. E a Constituição define bem os papéis das duas polícias, que tem atividades diferentes. Não tem como ter essa paridade entres as duas policias. E o STF já se posicionou sobre isso, quando em Santa Catarina quiseram fazer a mesma coisa. Foi declarada a inconstitucionalidade ”,finalizou Constantino Júnior.
Fonte: Jornal Diário do Povo

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.