Por: Zózimo Tavares
O governador Wellington Dias ainda não sancionou a reforma administrativa proposta por ele mesmo e aprovada há quase um mês pela Assembleia Legislativa.
O projeto foi encaminhado à Assembleia em fevereiro. Depois de muito estica e puxa, as cinco mensagens que integram a reforma foram aprovadas em redação final no dia 26 de março.
A sanção foi anunciada para os dias seguintes, afinal era com essa reforma que se iniciaria o novo governo.
A reforma foi vendida pelo governo como um sinal dos novos tempos – tempos de austeridade, de fim da gastança desenfreada, de equilíbrio das contas, de investimentos, etc.
A reforma
Essa reforma previa inicialmente a extinção de 19 órgãos estaduais, fusão entre secretarias e absorção de algumas áreas.
A economia anual, pelas contas do governo, chegaria a pelo menos R$ 300 milhões. Com isso, o governo estaria com as mãos livres para prestar os serviços prioritários para a população e manter os investimentos.
O governo tem 30 dias para sancionar a reforma. Esse prazo acaba na sexta-feira, dia 26.
Mas de já fica a dúvida: se o governo não tinha tanta pressa, para que pediu a tramitação dos projetos em regime de urgência na Assembleia?
A demora apenas indica que o governador está indeciso ou que está cedendo às pressões dos petistas e aliados no rateio dos cargos do novo governo.
Além de sancionar as leis da reforma, o governo ainda precisa regulamentar as mudanças através de decretos.
Se isso ainda não ocorreu, é porque tem boi na linha.
Assim, a badalada reforma administrativa dele corre o risco de acabar como a personagem ‘Conceição’, aquela da música do Cauby Peixoto: se existiu, “ninguém sabe, ninguém viu!”.