Auditor do TCE: “o que falta de dinheiro na maternidade se usou fazendo farra”

Florentino Neto, secretário de Saúde – ele não gosta da gestão, mas não tem o poder de tirar o diretor da maternidade

Por Rômulo Rocha – Do Blog Bastidores

– “Essa problemática  [Evangelina Rosa] deve ser aproveitada para tratar da questão da Saúde do Estado do Piauí com responsabilidade, com menos política e mais humanidade e mais gestão”, disse auditor

“A PRIORIDADE DEVE SER A VIDA”

O auditor de controle externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) – e um dos conceituados técnicos dentro da rede de controle do Piauí – José Inaldo Oliveira e Silva foi enfático ao tratar sobre a zorra que se transformou a Maternidade Evangelina Rosa:

“(…) o que falta de dinheiro hoje na maternidade, se usou mais para matar cupim e barata nesse Estado, bem como se gastou mais fazendo farra e carnaval fora de época”.

É o que diz ata de audiência pública que ocorreu no dia 21 de novembro de 2018, após o período eleitoral, para tratar de um local marcado pelas inúmeras mortes de mães, recém-nascidos e a má-gestão pública. 

No encontro estavam presentes o Ministério Público, o secretário de Saúde Florentino Neto, além de vários membros de órgãos de controle e da sociedade civil organizada, menos o diretor da maternidade, Francisco de Macedo.

Diante da declaração direta, com críticas ao sistema, não é preciso muito para entender que quando larápios do dinheiro público atuam, a conta chega, e chega para a população, o extremo mais fraco. 

Homem da inteligência, auditor Inaldo cita farras com dinheiro público
Homem da inteligência, auditor Inaldo cita farras com dinheiro público 

Em outro ponto da sua fala, o auditor rememorou o que o secretário de Saúde havia falado nesta mesma audiência, minutos antes – tema de matéria publicada esta semana neste portal (VEJA AQUI) -, que não concordava com a administração da maternidade Evangelina Rosa, tocada por Francisco de Macedo. 

Diz o documento: “Relembrou que o Secretário afirmou que o atual diretor não possui o seu aval. Declarou que um diretor deve atender a alguns aspectos básicos: competência, habilidade e atitude”. Ou seja…

Mais na frente assevera que “na governança pública a prioridade deve ser a vida, a saúde”, para concluir sobre as gastanças desnecessárias, através das quais há muitas suspeitas de desvios de dinheiro.

Afinal de contas, quem é capaz de esquecer das dedetizações inexistentes para surrupiar do erário.

Veja trecho da fala do auditor:

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.