EM CASO DE PRISÃO, ELEIÇÃO DOS PREFEITOS FICA AMEAÇADA – Uma matéria do Jornal OPÇÃO, do Estado de Goiás, traz a informação de que dentro do Partido Progressista já discute uma mudança no Partido Progressista, principalmente após a última fase da operação Lava Jato que levou mais uma vez a Polícia Federal para residências do atual presidente do partido, o senador piauiense Ciro Nogueira (PP). Atualmente, Ciro Nogueira é alvo de cinco inquéritos no STF e todos avançam a cada semana.
A matéria do dia 24/02 do jornal OPÇÃO informa que o cotado para substituir Ciro seria o goiano Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades, agora secretário de Transportes do governo Dória (SP).
O texto da matéria não descarta que, internamente o PP discute a possibilidade de Ciro Nogueira ser preso e, nesse caso, há um ano e sete meses das eleições municipais o fato seria bastante prejudicial ao partido na disputa das próximas eleições.
Se antecipar na mudança seria a estratégia a se pensar no momento, a depender dos próximos passos da Lava Jato no STF.
A escolha de Baldy seria pelo fato dele não estar “contaminado” pelas denúncias da Lava Jato, por ser um potencial nome livre de acusações. Porém, não custa lembrar que o mesmo foi apadrinhado por Ciro Nogueira no governo Temer. Mesmo assim, chegou a ser cotado para continuar no governo Bolsonaro, mas sua relação com Ciro e com o PP acabaram prejudicando.
O PP faz parte daqueles grupos do centrão que não conseguem viver muito tempo sendo oposição. Passam um tempo se fazendo de difícil, mas o que querem mesmo é manter o velho “toma lá, dá cá”. Sem Ciro Nogueira pelo caminho, seria uma forma de Bolsonaro aceitar alguns apoios sem dizer que estaria se misturando com a turma da Lava Jato.
Porém, os bolsonaristas preferem que o PP caia nas mãos de Ana Amélia (PP-RS), senadora que manteve apoio a Bolsonaro durante todo o segundo turno e sempre foi adversária de Ciro Nogueira dentro do partido.
MATÉRIA DO JORNAL OPÇÃO (ÍNTEGRA):
Ciro Nogueira pode deixar o comando do PP nacional. Baldy é cotado para assumir a direção
O problema é que o partido está no olho do furacão, denunciado na Lava Jato, e o ex-ministro, cristão-novo, não tem nada a ver com seus esquemas
Por uma questão e lealdade, o ex-deputado federal e ex-ministro Alexandre Baldy, de 38 anos, diz, com todas as letras, que o senador Ciro Nogueira deve continuar no comando do PP nacional. Os integrantes do partido dizem que Ciro Nogueira é leal e merece o apoio de todos. Isto é o dito publicamente.
Mas, temendo uma possível prisão do senador do Piauí e sabendo que, daqui a um ano e sete meses, o partido terá de disputar prefeituras em todo o país, há quem aposte que chegou a hora de retirá-lo do comando. Há aliados que que dizem que o próprio Ciro Nogueira estaria disposto a deixar o comando do PP.
Como Alexandre Baldy conseguiu eleger um senador, Vanderlan Cardoso, e um deputado federal, Adriano do Baldy, foi um ministro eficiente no governo de Michel Temer e está indo bem como secretário do governo de João Doria, em São Paulo, há quem aposte que é o sucessor natural. O problema é que, do ponto de vista da Lava Jato, o partido está altamente contaminado, e Baldy, que entrou no partido há pouco tempo, nada ter a ver com a história de malfeitos de seus líderes. Entretanto, se assumir, terá, ao longo do tempo, de se explicar ao Ministério Público e à Justiça.
(Fonte:Código do Poder)