Temer admite não concorrer à reeleição em outubro.

 

 

O presidente Michel Temer afirmou que pode desistir da sua pré-candidatura à reeleição pelo MDB caso ocorra “uma conjugação política” em torno da unificação das candidaturas consideradas como ao centro. “Se for necessário, abro mão com a maior tranquilidade”, disse. A declaração foi feita durante entrevista a um programa de televisão exibido na madrugada de domingo para esta segunda-feira.

Para Temer, ”se nós quisermos ter o centro, não podemos ter sete ou oito candidatos”.

Questionado por um dos jornalistas presentes sobre quais seriam esses candidatos, o atual presidente citou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), os ex-ministros Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Afif (PSD), o empresário Flávio Rocha (PRB) e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC). Aliado com quem teve relação turbulenta nos últimos meses, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) só foi incluído na relação após nova intervenção da bancada.

O emedebista também comentou a possibilidade de Joaquim Barbosa (PSB), ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, engrossar a lista de candidatos. Apesar de reconhecê-lo como um “sujeito sensato”, criticou a possibilidade de que ele seja eleito por “ser negro e ter sido pobre”. “Não é esta razão que vai fazer com que fulano seja ou não seja presidente”, argumentou.

 

Boa parte da entrevista foi dedicada a um comentário do presidente a respeito do depoimento que sua filha, Maristela Temer, prestou à Polícia Federal no âmbito de um inquérito que investiga se Temer e seus familiares se beneficiaram de vantagens indevidas. Ele chegou a lamentar que “estejamos conversando sobre isso ao invés de conversarmos sobre o Brasil”.

“Foi uma reforma regularmente paga e regularmente esclarecida”, defendeu, a respeito de uma obra na casa de Maristela utilizada como um dos possíveis exemplos dos recursos ilícitos, que, de acordo com o inquérito, podem ter se originado de empresas do setor de portos. Alvo de duas denúncias criminais em 2017, o emedebista disse não ter medo de que seja apresentada uma terceira acusação formal contra ele, que seria “tão pífia quanto as anteriores”.

Para o presidente, a decisão da PF de pedir a prorrogação do inquérito por mais sessenta dias indica que não existam elementos concretos para imputá-lo. “Os investigadores não têm dados suficientes, após 150 dias, para dizer que o presidente está incriminado”. Fonte: msn. Foto: veja/folhauol. Edição: APM Notícias.

 

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