Ainda não é desta vez que o brasileiro estará livre da gripe. Apenas três entre dez pessoas que se vacinam todo ano contra a gripe ficam livres da doença. Essa grande maioria reclama que após ser vacinado ficou gripada. “Vacina contra a gripe não funciona. Já tomei e fiquei de cama.” A frase, conhecida, aparece sempre na época de vacinação.
Na visão dos responsáveis pela tal vacina adianta que a impressão é equivocada e que a vacina antigripal distribuída pelo governo e vendido em clínicas particulares é eficaz apenas contra o vírus Influenza, o mais conhecido e letal, mas é inofensivo contra 70% das infecções provocadas por pelo menos três vírus contra os quais ainda não existe vacina.
Isto quer dizer que a vacina não funciona mesmo contra a gripe, de acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, neste ano, até o dia 8 de maio, 99 pessoas morreram no país vítimas do Influenza, vírus que infectou 896 pessoas em todo o país.
É comum ouvir pessoas que tomaram a vacina contra a gripe reclamando que adoeceram mesmo assim. Acabam por duvidar da real eficácia da dose. Especialistas explicam que, com muita frequência, a tosse, a febre, a secreção nasal e a prostração são parte de um mal-entendido: o que parece gripe, e que seguidamente leva doentes a superlotarem as emergências dos hospitais em busca de atendimento, muitas vezes não é.
Confunde-se a gripe “verdadeira”, transmitida pelo vírus influenza, com quadros de síndrome gripal, de sintomas muito parecidos, mas que são provocados por outros vírus respiratórios, como o sincicial, o adenovírus e o rinovírus. Por si só, isto é prova de que a vacina é apenas um paliativo politiqueiro do governo.
Para diferenciá-los, é necessário fazer um exame a partir da coleta de secreção nasal ou de orofaringe. Atualmente, são testados na rede pública apenas os casos mais graves, de pacientes que são internados em hospitais, para que se possa prescrever a medicação correta. Em outras situações, como a do doente que é atendido e medicado na emergência e mandado de volta para casa, o sistema público de saúde não custeia o procedimento – se o paciente quiser saber exatamente o que tem, é preciso pagar por conta própria. Nesse caso, a vacina mais uma vez perde a importância.
INDICES DE MORTALIDADE
Como a vacina contra a gripe não resolve mesmo nada, a influenza sazonal, também conhecida como gripe, é uma doença que pode levar a sérias complicações de saúde, que chegam a exigir hospitalização. A infecção pode até causar a morte. Mas frequentemente as pessoas não reconhecem a gravidade do problema, confundindo a doença com resfriados. A cada ano, na região das Américas, em torno de 772 mil pessoas são internadas e de 41 mil a 72 mil morrem.
A vacina contra a gripe é refeita anualmente, de acordo com análises que indicam quais subtipos do influenza mais circularão na próxima temporada – tanto no Hemisfério Norte como no Sul. Os vírus são colocados em ovos e, depois, o material é purificado para formar o imunizante do ano. (jornaldacidadepi)