PARA ONDE VAI A GRANA ? Depois da crise com a presença de agentes da Polícia Federal em sua residência no último dia 27 de julho, o governador Wellington Dias está numa corrida contra o tempo para que sua equipe acelere as licitações e contratos referentes ao uso dos recursos obtidos através do precatório do antigo Fundef, que rendeu aos cofres do estado o valor de R$ 1,6 bilhão.
A gestão estadual foi pega praticamente de surpresa e em meio a muitos processos e e contratos sem licitação por conta da pandemia do coronavírus. A forma como o governo do Piauí está trabalhando torna tudo mais lento. As contratações da Secretaria Estadual de Educação estão centralizadas na Seadprev (Secretária de Estado da Administração e Previdência).
INVESTIGAÇÃO DA PF AFETOU EQUIPE DA SEDUC – Depois de três operações da Polícia Federal dentro da Secretaria Estadual de Educação afetando justamente a área de licitações e contratos, a equipe técnica está bastando reduzida. Servidores da UESPI estão sendo requisitados, além de dois auditores governamentais da Controladoria Geral do Estado. O objetiva é acelerar tudo, é preciso começar uma fila de contrações em diversas áreas para que o dinheiro da Fundef comece a circular e não fique parado na conta.
Para tentar agilizar, o atual secretário de Educação do Piauí, Ellen Gera, já está tentando junto ao Palácio de Karnak, uma autorização “urgente” para que a própria SEDUC-PI realize todo o processo licitatório. O termo que ele usou para pedir essa autorização foi esse mesmo: “urgente”.
ONDE A SEDUC QUER GASTAR – O blog Código do Poder já sabe quais áreas estão sendo priorizadas nesse início do uso de recursos do precatório do Fundef :
- terceirização de mão-de-obra;
- locação de veículos;
- aquisição de equipamentos paras as escolas;
- contratação de pessoas jurídicas para elaboração de projetos;
- aquisição de gêneros alimentícios;
- reformas de escolas;
- contratação de serviços de terceiros pessoa física e/ou jurídicas para elaboração de projetos e outros.
A pressa em agilizar tudo se deve a vários fatores:
1) Eleição em 2022; 2) requerimentos de deputados e prefeitos solicitando principalmente reformas e calçamento perto das escolas; 3) ações judiciais que poderão impedir diversas manobras do governo Wellington Dias; 4) Ah, sim, melhoria da Educação do Piauí em três anos. (Código do Poder)