POR:BERNARDO SILVA
“Não tem nada a ver o Plano Municipal de Saneamento Básico, que a Câmara Municipal vai apreciar nesta sexta-feira(28), com a privatização ou municipalização dos serviços da Agespisa em Parnaíba, assunto, aliás, que não está em pauta. O que está havendo é uma grande confusão. O que queremos é obedecer a Lei nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto 7.201/2010, que impõe a aprovação desta plano em 2018, sob pena do município não receber nenhum tipo de recursos para a área de saneamento básico, no ano de 2019”.
Os esclarecimentos são do presidente da ASERPA-Agência Parnaibana de Regulação e Serviços do Município de Parnaíba, advogado Lisandro Ayres, em entrevista concedida na manhã de hoje(27) ao repórter Hilder Monção, da TV Antena 10.
Segundo ele, desde o ano passado que a Aserpa fiscaliza e pede providências com relação à prestação de serviços da Agespisa. Neste período,por exemplo, foi constatado, pela secretaria de saúde do Estado, através do Laboratório Central (Lacen), que a água que sai das torneiras para o consumidor possui alto grau de turbidez, com excesso de claro. “Isso foi dito em audiência no Ministério Público, que 75% da água distribuída pela Agespisa não é de qualidade. Mas isso é outro processo e, de antemão, devemos tranquilizar os servidores da empresa que ninguém será prejudicado, até porque a legislação protege a todos”, destacou o presidente.
Galinha dos ovos de ouro
Há informações seguras de que todas as manifestações que estão ocorrendo em redes sociais, contra a aprovação do Projeto a ser discutido sexta-feira pelos vereadores, é em função da arrecadação da Agespisa em Parnaíba, algo em torno de 2 milhões e 800 mil reais por mês. “Quando assumimos o governo em 2017, a contrapartida que a empresa dava para o escritório local da empresa era em torno de 8 mil reais, o que impede qualquer tipo de investimento maior no município”, declara o prefeito Mão Santa.
Outra informação é de que essa arrecadação milionária em Parnaíba não se transforma em investimentos para melhorar a prestação de serviços da Agespisa a seus usuários, é porque o dinheiro é usado para pagar altos salários de diretores em outros municípios, declaração feita por um diretor da empresa na rádio cidade.
Em novembro passado diretores da Agespisa e do Sindicato dos Urbanitários armaram um circo na Câmara protestando contra o que não existe – Privatização
Cabide de Emprego
Todos sabem que, ao longo de toda a história da Agespisa ela sempre foi usada por governantes mal intencionados, que lá colocavam apadrinhados com gordos salários, alguns superiores a 30 mil reais, muitos até sem o devido preparo, o que redundou na falência da empresa, como ocorreu com a CEPISA. Diante da possibilidade da Parnaíba reagir, por conta da insensibilidade do governo em não atender as necessidades da população, formou-se essa gritaria geral, com pessoas pregando o terrorismo, como se o mundo fosse acabar sexta-feira que vem.
Olhando o próprio umbigo
Pessoas ligadas ao governo do Estado estão tentando levar à opinião pública, informações distorcidas, por “ouvir dizer”. E por que não se uniram antes para exigir, por exemplo, água para a zona rural do município, que só depois que o Mão Santa solicitar apoio da FUNASA, no ano passado, é que o governador Wellington Dias acordou e começou fazer alguma coisa?!!!Por que não pedem mais investimentos na melhoria da qualidade da água; para o abastecimento regular, evitando que em alguns bairros a população fique 2 a 3 dias sem água???
Este é um assunto sério, que diz respeito à saúde da população e que deve ser levado realmente a sério. Não se resolve com molecagem de um grupelho que só pensa em defender seu lado, de costas para o povo, apoiando um governo que só males trouxe para Parnaíba. Alguns vereadores que estão nesse grupelho se esqueceram de que Wellington Dias não teve com eles qualquer consideração, quando na gestão do ex-prefeito Florentino Neto eles foram a Teresina solicitar o retorno da Academia de Polícia para Parnaíba e que o governador prometeu mas nunca honrou com a palavra. É preciso que essa gente enxergue um pouco além do próprio umbigo.