Os advogados Juarez Chaves de Azevedo Júnior e Flávio Almeida Martins, além da servidora pública Lucile de Souza Moura, foram presos na manhã desta quarta-feira (22) pela Polícia Civil do Piauí. Eles foram conduzidos à Central de Inquéritos de Teresina.
Juarez foi alvo de duas operações simultâneas: uma conduzida pela Polícia Civil, que apura a produção de denúncias falsas e dossiês forjados utilizados para coagir desembargadores e juízes com o objetivo de influenciar decisões em processos agrários; e outra da Polícia Federal, que investiga um possível esquema de corrupção envolvendo o desembargador José James Gomes Pereira, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).
Como desdobramento da operação da PF, o desembargador José James foi afastado do cargo por decisão do próprio TJ-PI.
Já Lucile Moura, segundo dados do Portal da Transparência do Governo do Piauí, é professora assistente em regime de dedicação exclusiva e servidora efetiva do Estado. Ela estava lotada na assessoria especial do governador Rafael Fonteles (PT), vinculada à Secretaria Estadual de Governo (Segov). No entanto, sua exoneração do cargo comissionado foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 1º de outubro.
Além da prisão, Juarez Chaves também foi alvo de medidas cautelares determinadas pela Justiça no âmbito da investigação da PF: ele está proibido de acessar o prédio do Tribunal de Justiça e de manter contato com os demais investigados, incluindo o desembargador José James. (pensarpiaui)