O desafio lançado por Jair Bolsonaro para redução dos tributos cobrados sobre combustível nos Estados colocou alguns governadores em situação contraditória.
Por exemplo, ao dizerem à imprensa que aceitam zerar o ICMS, motivados pelo presidente, gestores como Wellington Dias (PT) e Flávio Dino (PCdoB) deixaram escapar que há possibilidade real de o percentual de quase 30% ser menor para o consumidor.
Tudo teve início quando o presidente Jair Bolsonaro reclamou na quarta-feira (5) que o governo federal tem tido problemas com a alta dos preços dos combustíveis por causa do comportamento dos governadores estaduais.
Bolsonaro afirmou que reduziu o preço do combustível “três vezes nos últimos dias” e que a medida não teve impacto no preço cobrado na bomba. Para ele, o problema está no Estados que não mudam as regras de tributação.
Por este motivo, o presidente anunciou que vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei para que o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis, recolhido pelos estados, tenha um valor fixo por litro.
Cabe ao cidadão acompanhar a disputa no congresso. Certamente, os governadores locais resistem em mudar sua política de tributação e devem influenciar suas bancadas a votarem contra a audaciosa proposta, por considerarem que irá gerar queda de receitas.