Definições: Wellington Dias integra comando de campanha e Lula no Piauí em junho

247 – O PT começa, esta semana, a estruturar um comando efetivo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de cobranças contínuas de aliados e uma crise interna que levou ao afastamento da cúpula da comunicação, com a criação de um conselho político formado por representantes dos partidos da coligação e a volta de antigos amigos de Lula, até o momento alijados da campanha.

Gleisi Hoffmann, Wellington Dias, Jaques Wagner e Gilberto Carvalho

Em reuniões na semana passada, a Executiva do partido definiu essa estrutura e nomes que devem fazer parte do comando da campanha, mas ainda é preciso bater o martelo com o próprio Lula.

Entre os nomes que passarão a integrar o comando de campanha, estão o ex-governador do Piauí Wellington Dias, o senador Jaques Wagner e o ex-ministro Gilberto Carvalho.

Um dos amigos mais antigos de Lula, Carvalho estava afastado da campanha mas, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, foi chamado pelo presidente e irá cuidar da mobilização social.

Estão ainda no grupo os deputados Rui Falcão (SP), Paulo Teixeira (SP) e José Guimarães (PE), o ex-ministro Aloizio Mercadante –hoje presidente da fundação Perseu Abramo e que está coordenando a organização do programa de governo– e o também ex-ministro Luiz Dulci, responsável pela agenda de eventos de Lula, além do candidato a vice na chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

A coordenação-geral deverá ficar a cargo da deputada Gleisi Hoffmann, presidente do partido.

A deputada, no entanto, garante que a coordenação também será colegiada.

“Tem que ser colegiada, coletiva, com os presidentes dos partidos. Não pode ser concentrada em uma só se a gente pretende algo potente, algo que faça uma unidade, uma união. Todos têm que se sentir participando. Por isso a gente não formalizou a coordenação de campanha. Você está buscando um movimento e aí o PT sai na frente definindo coordenação de campanha? Os outros só entram para apoiar?”, argumentou.

O conselho político, segundo Gleisi, deverá ser formado não apenas pelos presidentes dos partidos, mas “nomes de relevância política”, que não dirigentes, mas indicados pelas siglas.

A estruturação, no entanto, só deve acontecer de fato a partir da próxima semana, depois da oficialização da pré-candidatura. Como mostrou a Reuters, é depois do lançamento, no dia 7, que Lula vai aumentar as viagens e começar de fato a correr o país, como querem os aliados.

Na semana que vem, o ex-presidente passa três dias em Minas Gerais e na semana seguinte vai ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No final de maio, estão sendo organizadas viagens também ao Pará e ao Amazonas.

Já o Nordeste está reservado para o início de junho, sem data definida ainda. Até agora fala-se em Alagoas, onde o ex-governador Renan Filho (MDB) estaria trabalhando em uma agenda para o ex-presidente, e Piauí.

“O presidente está querendo uma agenda de segurança alimentar, e estamos trabalhando para que seja no Piauí”, disse Wellington Dias, que vai disputar uma vaga no Senado. Isso porque, em 2003, o programa Fome Zero, uma das marcas sociais do governo de Lula, foi lançado em duas cidades do Estado, Acauã e Guaribas.

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