Delegado Ayslan mostra como influencers de Parnaíba induziam pessoas ao erro no Jogo do Tigrinho

O delegado de Polícia Civil Ayslan Magalhães publicou em suas redes sociais como as influencers de Parnaíba, investigadas na Operação Laverna, induziam seus seguidores em jogos de azar online, o famoso “Jogo do Tigrinho”. Durante realização de mandado de busca e apreensão na casa das três influencers, Emília Magalhães Brito, Thaisa Costa Machado e Tereza Iva Gomes Freitas, foi encontrado um papel com orientações de como prosseguir para induzir as pessoas ao erro no jogo.

As orientações pediam para que a influenciadora falasse o nome do cliente várias vezes e enganar o cliente para ele sentir que está ganhando mais do que perdendo.

Orientações para influenciadoras ao divulgar jogos de apostas (Foto: Reprodução Redes Sociais)

O delegado também publicou diversos relatos de vítimas do vício em jogos de azar, que começaram a jogar influenciados por postagens de blogueiras. Em um dos relatos, a vítima afirma que o vício em jogos perde apenas para o vício em crack.

“Eu sou um viciado, me perdi la em 2021 nesse tal aviator (aquele do avião), hoje vivo sobre custódia, todo meu dinheiro minha mulher que tem acesso, só uso cartão de débito pois limitei meu Pix. Um conselho ao pessoal que não consegue parar, baixem o app GamBam, ele bloqueia todas as casas de aposta (ele é pago, mas é melhor gastar nele do que em aposta) e depois que instala, não tem como desinstalar mais. Pior coisa do mundo esses jogos, só perde pro crack”

Um dos relatos divulgados pelo delegado Ayslan Magalhães (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Em um dos relatos que o delegado Ayslan publicou, a pessoa compara os influenciadores que divulgam tigrinho com traficantes, e que quem é influencer deve ter responsabilidade com o público.

“O que eu acho mais absurdo são os argumentos equivocados de algumas pessoas que comentam o seguinte: elas obrigavam alguém? E eu respondo: não gente, eles não obrigaram ninguém a jogar. Assim como os traficantes não obrigam ninguém a se viciar em drogas ilícitas, assim como ninguém obriga os viciados em álcool, cigarro, pornografias, remédios controlados a usarem e se viciares. Isso vicia, destrói vidas, na verdade, todo vício é perigoso e pode destruir muitas famílias. Quem é influencer deve ter uma responsabilidade maior e moral sobre o seu público. Que sirva de lição para o público não idolatrar e se influenciar por pessoas más influencias”. (OitoMeia)-

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