Marcelo Castro e Robert Rios
O deputado estadual Robert Rios (DEM) respondeu em alto e bom som as críticas feitas pelo deputado federal emedebista Marcelo Castro, de que a oposição estava trabalhando contra o empréstimo da Caixa Econômica ao Governo do Piauí. Rios chegou a chamar o presidente do MDB regional de cínico e cretino e disse que Castro é uma espécie de cobrador da empresa Jurema, de sua família.
Através de seu perfil pessoal no Instagram, Marcelo Castro acusou a oposição de trabalhar contra a liberação de recursos para o Piauí. “Quem está na oposição deve fiscalizar e ajudar a governar. Mas, o que vemos hoje é estranhíssimo e reprovável”, publicou o deputado, nesta segunda-feira (30), referindo-se, indiretamente, às denúncias da oposição acerca de supostas irregularidades no uso dos R$ 304 milhões solicitados pelo Governo à Caixa Econômica Federal.
Robert Rios reagiu de forma dura e afirmou que Marcelo tem interesses pessoais na liberação do dinheiro. “Aquela ponte que saiu no Jornal Nacional [da Rede Globo] lá em Dom Inocêncio [município piauiense] foi acrescida 25% e repassaram daquele empréstimo (a primeira liberação) R$ 9 milhões para a Jurema, empresa do deputado Marcelo Castro e de sua família”, adiantou Robert Rios.
Na mesma linha crítica, em seu discurso, Rios continuou: “E nós sabemos que um dos maiores credores do Estado é a Jurema, então o Marcelo está ávido para que o empréstimo (a polêmica segunda parcela) venha para que sua família ganhe uma parte grande e gorda desse empréstimo”, disse o deputado em longo discurso no grande expediente da Assembleia Legislativa e em entrevista à TV Cidade Verde.
O parlamentar ainda chamou Castro de “puxa-saco” do governador. “Marcelo Castro tem vaga garantida na chapa majoritária do Governo e ele sabe disso. Não precisa puxar o saco do Wellington para isso”.
Robert Rios afirmou que vai apresentar requerimento para ter acesso a todos os contratos firmados pelo Governo do Estado com a construtora Jurema, passando a que se desconfie principalmente dos aditivos que são firmados em atos posteriores aos contratos assinados.
“Aumentaram o valor da ponte que não tem cabeceiras”, disse Rios, citando que a ponte em Dom Inocêncio não leva a lugar nenhum. (Portalaz)