Pessoas de visão míope e de olhar vesgo colocaram ontem(15) várias frases nas redes sociais sobre “votar em forasteiros”, forasteiro isso e forasteiro aquilo… tudo no afã de puxarem o saco da Gracinha e suscitar a necessidade do parnaibano votar, nas eleições de outubro, apenas nela, por ser parnaibana. Logo ela que ninguém sabia onde estava até o pai dela se eleger prefeito e colocá-la secretária.
O fato nos fez lembrar o falecido professor e ex-vereador desta cidade, o combativo professor Iweltman Mendes, que talvez tenha amado esta cidade e estudado sua história mais do que muitos parnaibanos que aqui nasceram. E logo que começou entrar na política começou a ser chamado de “forasteiro” na rádio do Mão Santa (Igaraçu). Isso por ser de Sobral, não ser parnaibano raiz. Foi eleito vereador e uma de suas vitórias foi entrar na justiça para fazer baixar o valor que a prefeitura pagava na coleta de lixo. E conseguiu. Coisa que os vereadores atuais não acham importante, embora Brasil à foram a coleta de lixo sempre tenha sido um dos canais de corrupção e roubalheira.
Um fato que poucos sabem é que ele ensaiou apresentar um projeto na Câmara Municipal propondo que a prefeitura erguesse um “Monumento aos Forasteiros”, exatamente na Praça da Graça, em frente à Câmara, sede do Poder Legislativo que leva o nome de um “forasteiro”, ex-vereador, ex-deputado estadual ex-prefeito de Parnaíba: o também cearense Elias Ximenes do Prado. Como historiador, Iweltman sabia que a economia da cidade, na segunda metade do século XX, se fortaleceu graças à presença dos “forasteiros” que aqui se instalaram, principalmente vindos do Ceará. Grandes comerciantes aqui se instalaram, geraram empregos e fortaleceram a cidade, o contrário de muitos parnaibanos que preferem viver da fofoca. Portanto, a cidade é de todos que queiram ajudá-la. Frescuras à parte, a família que está no poder é só mais uma que vai passar. Amanhã será apenas passado. Ninguém nem mais lembrará.