Nem mesmo os tubarões assustaram os banhistas. Os relatos que chegam do litoral piauiense neste feriadão dão conta de praias superlotadas, com muita gente nos bares sem máscaras, como se a brisa praiana tivesse levado o vírus embora num passe de mágica. Os médicos estão preocupados com os números que podem aparecer daqui a 14 dias, tempo para que se possa medir a infecção de novos casos.
Pouco a pouco, com a reabertura das atividades, as pessoas passaram a entender que a vida estava retomando seu curso de antes e que já não há mais a ameaça da doença. Ledo engano. O novo coronavírus continua presente e circulando livremente. A autorização para a reabertura das atividades deu-se pelo simples fato de que se a quarentena demorasse mais tempo a economia entraria em colapso. As empresas já não tinham mais como sobreviver com as portas fechadas.
Mas, desde o início, todas as autoridades de saúde alertaram que essa retomada precisaria ser gradual e que, a partir de agora, a responsabilidade passaria a ser de cada cidadão. Os piauienses precisam entender que ainda estamos vivendo uma pandemia e que não podemos baixar a guarda. O cansaço e o desgaste psicológico causados pelo distanciamento social são perfeitamente compreensíveis, mas eles não podem servir de justificativa para que as pessoas joguem fora todo o esforço já feito até aqui.
Ou existe a compreensão de que precisamos nos cuidar e cuidar uns dos outros ou o coronavírus sairá vencedor. Sair de casa ainda deve ser a última opção até que tenhamos a segurança que, provavelmente, só virá com a vacina.(Por: Cláudia Brandão)