Os militares do Piauí protestam nesta terça-feira (03/04) na entrada do Palácio de Karnak por melhores condições estruturais e salariais. De acordo com as categorias presentes, só é possível resolver a crise no sistema de segurança pública do estado reconhecendo as falhas do próprio sistema, inclusive a desvalorização de seus profissionais.
Representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estão desde as primeiras horas da manhã em protesto, discutindo sobre o que denunciam como “precariedade em todos os sentidos” das categorias. Também destacam a falta de negociação com o governo do Estado.
De acordo com major Diego, presidente da Associação de Oficiais Militares do Piauí (Amepi), a situação é uma das piores já vistas. Ele critica a falta de reajuste e a impossibilidade de fazê-lo, como destacou o secretário Franzé Silvaao OitoMeia.
“O Estado do Piauí não está em crise com as receitas, elas aumentaram, e se nós temos algum comprometimento é porque há problemas na forma como as despesas são resolvidas. Viraram as costas para nós. Eles não estão dando reajuste para ninguém. Ao mesmo tempo, eles pegam esse bônus de arrecadação para encher ali dentro. Tem mais gente lá dentro que todo o corpo de bombeiros trabalhando”, afirmou.
‘CADÊ O REAJUSTE?’
As categorias presentes no protesto reclamam sobre a desvalorização dos profissionais, destacando o risco de vida enfrentado diariamente na luta contra o crime. O presidente da Amepi afirma que o piso salarial dos policiais militares é tratado com negação há quatro anos, colocando as categorias “na pior remuneração entre as instituições do país”. (Com informações do OitoMeia)