Manifestantes na Av. São Sebastião
Emoção. Foi este o sentimento que me invadiu o peito, quando
misturei-me aos manifestantes, em frente ao Comercial Carvalho, na São
Sebastião. Coisa bonita de se ver. Arrepio na pele, mesmo.
Aquele entalo na garganta foi muito forte. Enfim, um gesto,
um sinal de que nossa juventude não está anestesiada e assimilou o espírito de
descontentamento que aflorou da alma de
cada brasileiro, já cansado de ser enganado, de engolir sapos e fazer o papel
de bobo da corte. Sem falar nos que são usados como massa de manobra em
períodos eleitorais.
Há quanto tempo este grito estava engasgado na garganta de
quem anda de Van? Sim, transporte público foi um dos focos da manifestação.
“Seu guarda, deixa pra lá, não temos nem ônibus pra queimar”, dizia um cartaz.
“Arreda aí que ainda tem espaço!”, falava um jovem ao microfone, lembrando o
que os “trocadores” dizem todos os dias, mandando as pessoas se espremerem num
espaço que onde não há mais lugar pra mais ninguém.
Quem deixou isso acontecer? Quem são os culpados? O último
prefeito que tivermos, José Hamilton Castelo Branco, que deixou a prefeitura e foi encastelar-se em sua
rica fazenda, passou 8 anos e não moveu uma palha para que experimentássemos um
avanço no setor de transporte público. Esse negócio de liminar na Justiça, que
impede a vinda de ônibus, talvez seja só
uma desculpa, já que esse pessoal mente tanto pra gente. E até admitindo que
isso exista, de fato, por que será, então, que em 8 anos nem a parada de Vans foi
retirada daquele local inconveniente e inadequado da Praça de Santo Antônio? E
quanto abrigos para passageiros foram construídos?
Ah, mas o que se diz é que Parnaíba cresceu muito. É uma
cidade de primeiro mundo. A gestão passada não deixou débitos de herança para o seu sucessor… E essa
falta de investimento neste setor não é um débito para com a população? Os
buracos da cidade e um negócio mal explicado dessa empresa Jurema continuar
esburacando mais ainda nossas ruas?!
É preciso transparência nesta e em outras questões, que não
cabem misturá-las, agora. E que estas manifestações tragam frutos, com reflexos
nas eleições do ano que vem, com os brasileiros expurgando da vida pública, tirando
de cena todos os que estão aí, com um sorriso largo, rindo da gente,
quando mereciam estar na cadeira.
E que os manifestantes façam uma reflexão sobre esta frase
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