Uma das principais discussões trazidas pela greve dos caminhoneiros destaca a possibilidade de redução ou aumento de impostos. Numa tentativa de sair da crise, a União pede a redução de tributos estaduais, mas estados evitam mexer em arrecadações que incidem sobre o combustível. Quando a isso, é revelado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) que o Piauí tem a terceira maior cobrança de ICMS sobre a gasolina do país. Os dados são de 16 a 31 de maio deste ano.
A tributação dos combustíveis, em avaliação de cada estado pela Fecombustíveis, mostra que a cobrança de ICMS sobre a gasolina do Piauí equivale a R$ 1,364, enquanto os tributos federais (Cide, PIS/Cofins) corresponde a R$ 0,652. Associando o que o Estado e a União cobram, o total de impostos cobrados sobre este combustível chega a R$ 2,016.
O valor de R$ 2,016 assemelha-se a quase 50% do preço líquido da gasolina, tendo em vista que o preço médio do combustível no Piauí é de R$ 4,40 (nono mais barato do Brasil), conforme dados atualizados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), com divulgação no site do Governo do Estado na última segunda-feira (28/05).
LIDERA COM RJ E MG
Sendo o terceiro estado que mais cobra ICMS, o Piauí só está atrás do Minas Gerais (R$ 1,450) e do Rio de Janeiro (R$ 1,607). A explicação do Karnak ao OitoMeia é que, embora seja uma das maiores cobranças, não é o imposto estadual em si que encarece a gasolina, já que o estado continua entre os 10 com o menor preço total ao consumidor. Com isso, as ações do mercado são os fenômenos que podem refletir nas bombas dos postos de abastecimento.
por: Edrian Santos