Polícia cumpre mandado e interdita clínica de Parnaíba que teria abandonado corpos de cães e gatos no lixo

A Polícia Civil do Piauí cumpriu mandado de busca e apreensão e interditou a clínica particular que teria abandonado 20 animais mortos, entre cães e gatos, em um contêiner de lixo próximo à rodoviária de Parnaíba, no litoral do estado. O fechamento foi realizado na tarde desta terça-feira (30) e os responsáveis pela empresa ainda serão ouvidos. 

A clínica foi interditada por tempo indeterminado. De acordo com a Polícia Civil, durante o cumprimento do mandado judicial, foram apreendidos remédios vencidos.

“O objetivo da ação era apreender documentos e colher dados da clínica veterinária para a continuidade das investigações. A 2ª Seccional de Parnaíba  solicitou o mandado de busca e apreensão, como também pela suspensão da atividade comercial até regularização às normas ambientais, de saúde pública e de relações com o consumidor”, explicou o delegado Ayslan Magalhães, que investiga o caso. 

Foto: Darival Júnior/ TV Cidade Verde

O descarte irregular dos pets causou revoltam, dor e tristeza nos tutores que tiveram que reconhecer os corpos dos animais. Cães e gatos foram encontrados com suturas, ainda com fraldas, uns castrados, outros cirurgiados.  

Ao Cidadeverde.com, o delegado disse ainda que os responsáveis pela clínica alegaram que mantêm contrato com uma empresa para a destinação correta dos corpos dos animais. “Contudo, eles só apresentaram os documentos que comprovam o descarte de materiais perfurocortantes e não dos animais. Tanto os representantes da clínica quanto dessa empresa citada serão ouvidos”, acrescenta Magalhães. 

Os responsáveis por abandonar os corpos dos animais podem responder por crime ambiental, descarte incorreto de resíduos perigosos e crime contra o consumidor, pois os tutores pagaram pelo serviço de destinação dos corpos. 

O trabalho da Polícia Civil foi acompanhado por uma comissão do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PI). O presidente Anísio Lima disse que os profissionais envolvidos no caso estão sujeitos a penalidades que vão desde à censura pública à perda do direito do exercício profissional. (Cidadeverde)

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