Rombo na Cepisa pode levar compradores a desfazer negócio

Antigos servidores da Cepisa não queriam a privatização

Ao constatar que as dívidas da CEPISA – Centrais Elétricas do Piauí S.A, subsidiária da Eletrobras são astronômicas e bem maiores que o imaginado, a Justiça do Rio de Janeiro estuda a possibilidade de desfazer o negócio da compra, por observar que o rombo é maior do que imaginavam.

O Procurador da República no Rio de Janeiro Gustavo Magno Goskes Briggs de Albuquerque determinou a abertura de inquérito civil para investigar a assunção de dívidas – transmissão de obrigações, da ordem de R$ 11 bilhões para a Eletrobras.

Esse valor seria decorrente das privatizações de 6 companhias energéticas, entre elas a Eletrobras Piauí – Cepisa. Todas altamente endividadas e que seriam adquiridas por valores simbólicos de apenas R$ 50 mil cada, sendo que o grosso das dívidas dessas companhias, ou seja, a sua totalidade, ficaria com a Eletrobras.

Além da Eletrobras Piauí, a privatização, por esses moldes, também atinge a Companhia Elétrica do Acre (Eletroacre); Centrais Elétricas de Rondônia S. A. – Ceron; Boa Vista Energia S. A.; Amazonas Distribuidora de Energia S. A. – Amazonas Energia; e Companhia Energética de Alagoas (CEAL).

Trechos da ementa do inquérito civil aberto traz: “Privatizações de seis distribuidoras de energia elétrica por 50 mil reais cada e assunção pela Eletrobras de dívidas superiores a 11 bilhões de reais. Possíveis Irregularidades”. O que para o procurador Gustavo Albuquerque pode “lesar o erário”.

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