Nome de professor apagado com spray e em baixo escrito “fascista” e a mensagem “vaza da Rádio” são algumas das pichações vistas nos corredores da Ufpi (Universidade Federal do Piauí), numa tentativa de intimidar docentes.
Na parede, escrita com letra vermelha, o grupo – ainda não identificado- provocou: “se o diretor do CCE sai, o Temer sai também”.
Pelo menos seis docentes são alvos das agressões. Um deles é o professor de História, Dalton Macambira, ex-secretário Estadual de Meio Ambiente. Em pichações, Dalton é chamado de “ditador” e foi agredido verbalmente, juntamente com outros professores durante assembleia.
“Esses ataques vêm de um movimento sem maturidade que acham que o caminho é a agressão. Não concordei com a greve na Ufpi, neste momento, pra não fragilizar o movimento contra esse governo golpista”, afirmou Macambira.
O professor Laerte Magalhães, do curso de Comunicação Social, que foi chamado de “fascista” em pichações na sala dos professores, estranha a atitude do grupo.
“Eu não sou contra o movimento dos estudantes, não tenho nenhuma área de atrito com eles, acho estranho essas agressões. Não me aborreceram as pichações, o que me aborreceu foi terem apagado meu nome com spray numa agressão gratuita”, desabafou Laerte Magalhães que trabalha há mais de 30 anos na Ufpi.
Laerte disse ainda que não acionou a Polícia por não saber os autores do crime. “É um grupo que age na calada da noite, nas sombras e manifesta ódio e desespero, achando que o bem público deve ser depredado”, ressaltou o professor.
O reitor da Ufpi, José Arimatea Lopes, informou que adotará as medidas cabíveis e que irá instalar câmeras para flagrarem os atos de vandalismo na universidade. (Cidadeverde.com)