Política

Ciro Nogueira e Bolsonaro

Por Luiz Brandão

O ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira virou piada nacional nas redes sociais depois da derrota acachapante que ele e seus candidatos sofreram no Piauí. Ele precisa se cuidar pra não sofrer a “Maldição do Índio” em 2026.

Mais ou menos na metade do mês de setembro, num áudio de uma conversa com um interlocutor identificado como Júlio, Ciro disse que queria ver a cara de desespero e de derrota de três pessoas depois da eleição: do professor Batista Teles, dono do instituto Amostragem, do senador Marcelo Castro e do ex-governador Wellington Dias.

Com ar de vitorioso antes da partida terminar, Ciro dizia que Batista e seu instituto seriam desmoralizados pelo resultado das urnas. Não foi o que ocorreu. O Amostragem praticamente cravou o resultado confirmados nas urnas com a vitória de Rafael Fonteles, Wellington Dias e a esmagadora maioria de votos dados a Lula.

Com o senador Marcelo Castro não foi diferente. Elegeu o filho Castro Neto deputado federal com uma votação expressiva. Com o Índio ocorreu o mesmo. Além de se eleger, liderou um time que conseguiu oito das 10 vagas na Câmara Federal e 24 das 30 cadeiras na Assembleia Legislativa.

Com Ciro Nogueira ocorreu o contrário. Perdeu para o governo com Sílvio Mendes e para o Senado, com Joel Rodrigues, e seu candidato a presidente, Jair Bolsonaro, foi humilhado nas urnas. E, de quebra, Ciro deixou sem mandato a ex-esposa, Iracema Portella, e a aliada Margarete Coelho. 

A surra foi grande. Esse Índio é mesmo malvado com os adversários. Deu o troco e desmoralizou Ciro nas urnas. Ele mostrou quem é líder e quem realmente tem força política e prestígio popular no Piauí. Talvez por isso Ciro ainda não tenha se pronunciado sobre a derrota que sofreu.

Como se diz no jargão político, Wellington Dias, o “Índio” é bom de voto e sabe o que faz. Desde que entrou na política já se elegeu vereador de Teresina, deputado estadual e deputado federal. Também foi eleito quatro vezes governador do estado, no primeiro turno.

Agora, em 2022, mesmo com todo dinheiro bolsonarista do orçamento secreto derramado no Piauí nas véspera da eleição, Wellington liderou o time que elegeu no primeiro turno Rafael Fonteles, o candidato que ele indicou para o governo. De quebra, se elegeu senador pela segunda vez.

Com seu jeito conciliador e cortez, Dias também elegeu seu sucessor Wilson Martins, liderou todas as campanhas de 2002 até agora e foi responsável direto pelas eleições dos candidatos a senador que fizeram aliança com o grupo dele: João Vicente Claudino, Elmano Ferrer, Marcelo Castro e o próprio Ciro Nogueira.

Detalhe: todos os que foram eleitos com a ajuda de Wellington Dias e que o traíram receberam a “Maldição do Índio” – foram derrotados em eleições seguintes. Ciro poderá ser o próximo a experimentar esse castigo, porque 2026 está logo ai.(piauihoje)

Votação modesta explica fuga do confronto com Tereza Cristina (PP-MS) pela vaga no Senado e driblar a humilhação que sobrou para Luiz Mandetta. Foto: Divulgação

Os 79 mil votos de Simone Tebet (MDB-MS) em seu próprio Estado, para presidente, talvez fossem suficientes para se eleger deputada federal, e olhe lá. A depender de outras votações, ela ficaria apenas em 4º lugar. A votação modesta explica por que ela fugiu, como o diabo da cruz, do confronto com a ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) por sua vaga no Senado. E conseguiu driblar a humilhação que sobrou para Luiz Mandetta (União Brasil), que teve apenas 15% dos votos. A eleita, 61%.

General Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional GSI) da presidência da República.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta quinta-feira (6) que não consegue imaginar “o Brasil representado perante o mundo por um ex-presidiário”, referindo-se ao candidato Lula (PT), que cumpriu pena de prisão em regime fechado após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. Para o ministro, isso seria “inconcebível”.

Para Heleno, que fez essas declarações durante entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, lembrou também que o petista mente dizendo ter sido “absolvido”. O general desafiou o candidato a apresentar qualquer documento da Justiça atestando a suposta absolvição.

Ele afirmou que está otimista quanto às chances de o presidente Jair Bolsonaro reverter o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais. Acredita que o Brasil está no caminho certo, governado por um homem honesto.

“O presidente Bolsonaro às vezes fala coisas que a gente não gosta de ouvir”, ponderou, “mas ele sempre se expressa com autenticidade, sinceridade”. O general acha que is brasileiros não estavam habituados a líderes políticos sinceros.

Ele achou estranho que as forças políticas de apoio ao presidente Bolsonaro tenha vencido as eleições, fazendo a maioria dos senadores e deputados federais, mas não o presidente que os lidera.

Circula em redes sociais uma Carta Aberta, cuja autoria é atribuída ao ex-prefeito de Parnaíba Zé Hamilton, falando do seu posicionamento político nas eleições de domingo. Lembrando que Wellington Dias, do PT, a quem o ex-prefeito não acompanhou, foi quem deu ao Zé Hamilton um mandato de deputado estadual, quando ele era apenas um 13º suplemente. E um cargo de 1º escalão, por dois mandatos, à filha dele, na Ouvidoria Geral do Estado.

A deputada estadual Teresa Britto (PV) publicou um texto em seu perfil nas redes sociais onde afirmou não acreditar no resultado das eleições 2022. Teresa não conseguiu ser reeleita para a Assembleia Legislativa do Piauí.

A deputada que teve 17.461 votos disse que fez uma eleição sem apoio de governador, senador, deputado federal e sem estrutura de governo ou poder econômico. “Ainda sem acreditar no resultado da minha eleição. Fiz uma eleição sem apoio de governador, senador, deputado federal, sem estrutura de governo ou poder econômico, uma campanha limpa, linda, apresentando o trabalho realizado e proposta para o futuro”, declarou.

“Dei de mim o máximo na defesa da população, seja na defesa da saúde que estava completamente sucateada, decadente, com muitas pessoas sofrendo, morrendo por omissão do poder público, e que fui fiscalizar e cobrar as melhorias. Quantas viagens em lugares bem distante como Santa Filomena, Corrente… também destinei mais de dois milhões de reais das minhas emendas para a saúde… e na defesa dos servidores públicos entrei até com mandato de segurança contra a Assembleia para que os servidores públicos fossem ouvidos sobre a reforma da previdência, o advogado foi do partido verde!!!”, completou. 

A deputada elencou todas as cobranças feitas na sua gestão e destacou que sempre esteve presente nas sessões e comissões, mas afirmou que o sentimento que tem hoje é de não ter tido reconhecimento do seu trabalho pela maioria. “O suficiente para que eu continuasse a fazer com muito amor pelos piauienses. Não posso deixar de agradecer mais uma vez àqueles que queriam a minha continuidade nesse trabalho feito com tanta dedicação e amor!!! Mas o futuro a Deus pertence, e com a fé que tenho, vou seguir em paz, com a minha consciência tranquila de que sempre fiz da política uma missão de poder servir sem me servir, e se for a vontade de Deus ele certamente mostrará o caminho para o futuro!!”, disse. (MN)

O deputado estadual eleito, Rubens Vieira (PT), falou da campanha em 2022 e agradeceu ao povo do Piauí pois pela primeira vez, numa cidade pequena, conseguiu mandato. “Foi uma luta árdua, os candidatos eram bons, tinham estrutura e o único que não tinha uma estrutura grande”, disse, que contou com o povo.

“Fiquei feliz, tive quase 30 mil votos vindo da região da Planície Litorânea, sendo o mais votado na região e fico grato”, disse.

Sem tradição familiar na política, Rubens Vieira construiu sua carreira em raia própria na cidade de Cocal. “Venho de uma história de luta e trabalho e aprovação como prefeito duas vezes consecutivas na cidade de Cocal”, afirma, declarando que não foi fácil pois enfrentou estruturas grandes.

Deputado eleito Rubens Vieira (Raissa Morais)

“Vamos trabalhar muito para honrar esse apoio que o Piauí nos concedeu”, disse, declarando que acredita no governador eleito Rafael Fonteles.

Sobre a eleição de Lula, ele disse que faz parte de um time comandado por Rafael e Lula, que segue no embate até o dia 30 de outubro. “A luta continua até a vitória das eleições de Lula no segundo turno e acredito que a votação será muito maior”, disse.

Deputado pela primeira vez, ele disse que já tem experiência no Legislativo por ter sido vereador duas vezes e sua pauta são políticas públicas para geração de trabalho e emprego e renda, a educação. “Nós somos exemplos na educação do Piauí, das 100 medalhas de ouro que o Piauí ganhou 50% são de Cocal e Cocal dos Alves”, disse, afirmando que vai trabalhar ainda na saúde e fortalecer a agricultura familiar. “Temos várias bandeiras, vamos traçar metas e executar”, disse.(Isabel Cardoso)

O ex-deputado federal Paes Landim (União Brasil) tentou voltar ao Congresso Nacional nestas eleições, mas teve decepcionantes 8.904 votos e não se elegeu. A chapa do seu partido não atingiu votação suficiente para conquistar ao menos uma cadeira na Câmara. Desse modo, Paes Landim não será nem suplente na próxima legislatura. Aos 85 anos, ele deve concluir uma trajetória política longeva, que vem desde os anos 60.

Ex-deputado Paes Landim (Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados)

A derrota com essa quantidade de votos não condiz com a história e o legado político construídos. Eleito deputado federal oito vezes seguidas no Piauí, Landim esteve presente na cena política do estado ao longo dos últimos 60 anos. Em 1962, aos 25 anos, ficou na suplência de deputado estadual e chegou a assumir o mandato entre 1963 e 1964, sendo cassado por força do Regime Militar. Ainda no ano de 1962, foi nomeado prefeito do recém-criado município de Socorro do Piauí, e ficou um mês no cargo.

Sua primeira eleição para deputado federal foi em 1986, mandato que lhe permitiu ser um dos membros da Assembleia Nacional Constituinte. Dali em diante foram vários mandatos seguidos: além de 1986, ganhou as eleições de 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014. Em 2018, por pouco não se elegeu, mas como ficou na segunda suplência de sua coligação, acabou assumindo o mandato em alguns períodos ao longo da legislatura. Nas eleições do último domingo (2), o resultado foi decepcionante.

Natural de São João do Piauí, professor universitário aposentado da Universidade de Brasília (UnB) e intelectual do direito, ele não merecia ter o desfecho eleitoral que teve nesta eleição de 2022. Por outro lado, é fato que a idade avançada e as dificuldades e limitações que ela impõe já sinalizavam que a hora de parar se aproximava. A política, como em qualquer outra área, precisa se renovar, dar espaço a rostos novos. Nesse quesito, aliás, o Piauí ainda deixa muito a desejar. Basta olhar a maioria dos eleitos.

Não é a derrota do octogenário Paes Landim que se questiona aqui, pois ela faz parte de um processo eleitoral natural onde uns ganham e outros perdem, mas a forma como ela se deu, o desfecho dele na eleição. A derrota, da forma que foi, não faz jus à sólida trajetória de um político que colecionou vitórias sucessivas ao longo de décadas. Mas Paes Landim tem seu legado e sua história na política do Piauí. Isso ninguém tira.(Gustavo Almeida)

Talvez a vergonha do fracasso e a incerteza de seu futuro político sejam as motivações para tal silêncio.

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, permanece em silêncio três dias após a derrota de Sílvio Mendes (União Brasil) ao Governo do Piauí e Joel Rodrigues (Progressistas) ao Senado Federal.

Se antes o ministro aparecia sempre no Twitter para tentar alfinetar Wellington Dias (PT) e Rafael Fonteles (PT) e bradar que Sílvio e Joel era uma dupla imbatível no estado, agora restou silêncio nas redes sociais do piauiense.

Tendo em vista que Ciro era o principal articulador das campanhas de Sílvio e Joel, talvez a vergonha do fracasso e a incerteza de seu futuro político sejam as motivações para tal silêncio.

Nas redes sociais, Ciro Nogueira prefere fingir que não existiu o resultado que consagrou vitoriosa a chapa do PT. Por outro lado, o ministro que antes tinha receio de associar seus candidatos no Piauí ao presidente Bolsonaro, sabe que agora fazer campanha ao seu chefe no estado será sua única saída.(Toni Trindade/Lupa1)

As dobradinhas petistas e o enxugamento do quadro partidário podem estimular forte movimento de mudanças de siglas Piauí afora.

Em Monsenhor Gil, a presidente da Câmara Municipal, Eliane Moura, filiada ao PTB,  apoiou a dobradinha petista Florentino Neto/Janaínna Marques, Florentino foi eleito deputado federal e Janaínna reeleita deputada estadual. Há quem diga que o futuro político da vereadora Eliane Moura poderá ser o PT.

Analistas políticos teorizam que o candidato Fabio Abreu perdeu antes mesmo de começar as eleições, o que garantiu ao parlamentar uma vaga entre os ’13 maiores perdedores das eleições de 2022′.

O sentimento da população é de falta de segurança e vivenciam o medo de assaltos a todo instante. As facções chegaram, se instalaram e estão muito à vontade no Piauí. Se reeleger para o segundo mandato em 2018 já foi uma façanha para Abreu. Reduziu votação de 132.719, em 2018 para 57.027 votos, agora.

Pelo menos por enquanto, sai da cena política, como a maior vítima da violência no estado.

Clique para ter acesso a lista completa. 

O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), avalia que a oposição ligada ao tucanato e a Ciro Nogueira (Progressistas) sai menor das eleições até mesmo em Teresina. O petista diz que a estratégia de “esconder Bolsonaro” não deu certo e que o povo “disse não” ao grupo político de Sílvio Mendes e companhia. “Se acabaram, elegeram diminutamente.

Dudu avalia: “Ciro enterrou todos na mesma cova. Foi uma taca”. Foto: Apoliana Oliveira/Portal MN

Pegaram as principais lideranças políticas dele, e o Ciro enterrou todos na mesma cova. Foi uma taca, como diz na história da política, que atingiu todos eles. Achavam e arrotavam aqui achando que iam enganar o povo”, avaliou o parlamentar. Na capital, a expectativa da oposição era alcançar 100 mil votos de diferença para o candidato petista. Ao abrir das urnas, a vantagem do ex-prefeito de Teresina para Rafael ficou em apenas 24.161 votos. (Apoliana Oliveira)

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (4), o projeto de lei (PLP 44/2022) que prorroga a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social. Tornando possível o pagamento do piso salarial aos enfermeiros.

O PLP, do Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), dá autonomia para os estados e municípios realizarem recursos que antes tinham sido destinados ao combate da pandemia de Covid-19.

A aprovação ocorreu com 67 votos a favor e nenhum contra. Agora o projeto segue para a câmara dos deputados.

A lei que garantia o novo piso aos profissionais da enfermagem foi aprovada em setembro. No entanto, o Supremo Tribunal Federal suspende a aprovação por até 60 dias, para que fossem explicados os impactos da medida nos cofres públicos.

O senador Piauí é relator da proposta, Marcelo Castro (MDB) destacou que a medida tem o objetivo de destravar o financiamento do piso. “São recursos que já estão nos estados e municípios, e nós vamos apenas permitir que eles possam ter outra destinação, diferente daquela para a qual foram transferidas pelo governo federal” destacou o senador.(Thaís Vieira)

Nos bastidores das pré-campanhas pairava o sentimento tácito de que a TV aberta era um modelo superado pelas redes sociais e que não faria diferença no sentimento do eleitor. Os meses seguintes demonstraram o quão todos estávamos errados. E isso deu as redes de televisão um lugar na lista dos 8 vitoriosos da eleição de 2022, feita pelo portal 180graus.

Foram os programas do horário eleitoral gratuito e as inserções durante a programação que ajudaram a tornar conhecidos tanto o governador eleito Rafael Fonteles e Joel Rodrigues.

Nos debates promovidos pelos canais de TV o Piauí e o Brasil descobriram a Lourdes Melo e Gessy Lima foi desmascarada. Atitudes arrogantes e destempero emocional da candidata transpareceram pela tela da televisão. Enfim, a TV aberta mostrou que está mais vida do que nunca.

Nesta quarta-feira (04/10), ao participar da solenidade de certificação da 3ª edição do Programa CERTIFIC Piauí, a governadora Regina Sousa comentou que uma de suas sugestões para prioridade no governo de Rafael Fonteles é a educação em tempo integral. A governadora também comentou que a gestão de Fonteles não será fácil devido o orçamento abaixo.]

“Olha, na educação eu acho que escola em tempo integral tem que investir, tá aprovado que dá certo, é só olhar os resultados do Enem, o resultado do CAEB. O Piauí é bem colocado nas posições e as escolas públicas dando show. Todas elas que tem destaque são de tempo integral”, disse a governadora.

Regina disse que o novo governador eleito, Rafael Fonteles, chega em um período difícil para governar devido ao baixo orçamento.

“Nós sabemos que o primeiro ano não é fácil porque o orçamento já está definido, embora ele vá ter espaço se quiser mudar alguma coisa. Mas ele sabe mais do que eu, até porque foi secretário de Fazenda, fazia parte do Confaz. Não vai ser fácil o ano de 2024 porque o orçamento previsto é muito pequeno, quase não tem reajuste porque nós tivemos perdas de ICMS muito grandes”, explicou a governadora. (Naiane Feitoda)

A farra de pesquisas eleitorais nas eleições de 2022 continua dando o que falar e começa a despertar reações no Congresso Nacional. O senador capixaba Marcos do Val (Podemos) protocolou nesta terça-feira (4) um pedido de CPI para investigar a avacalhação que virou a realização de levantamentos de intenção de voto no Brasil.

Conforme a descrição do pedido, o objetivo é investigar “os sistemas de realização de pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do país”.

Senador Marcos do Val (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

De acordo com o senador, a investigação tem como objetivo “aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados”.

As eleições deste ano foram marcadas por vários erros dos institutos de pesquisa. Eles aconteceram em vários estados e na eleição presidencial. O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, “ganhou” 10 milhões de votos em apenas um dia. As pesquisas de alguns institutos mostravam ele bem atrás do candidato Lula (PT), mas quando as urnas foram abertas a realidade foi bem diferente.

Em São Paulo, o candidato a governador do PT, Fernando Haddad, aparecia nas pesquisas com cerca de 10 pontos à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas quando as urnas foram abertas Tarcísio ficou com quase 7% dos votos válidos à frente do petista e terminou o primeiro turno como vitorioso. Ambos disputam agora o 2º turno. 

Sobre a CPI das pesquisas, o senador Marcos do Val garante que não terá dificuldades para conseguir a quantidade de assinaturas para a criação. “Não haverá nenhuma dificuldade em obter os apoios necessários”, afirmou o parlamentar ao site O Antagonista. Para sair do papel, o requerimento de instauração da CPI precisa de 27 assinaturas.(Gustavo Almeida)

O secretário de Estado de Governo, Antônio Neto, vai coordenar a transição com a equipe indicada pelo governador eleito Rafael Fonteles (PT). A informação foi confirmada pela governadora Regina Sousa (PT) na manhã desta terça-feira (4) durante conversa com os jornalistas na solenidade de certificação da 3ª edição do Programa Certific Piauí aos reeducandos da turma de Produtor de Artefatos e Pré-moldados de Concreto e Projeto Leitura Livre da Justiça Restaurativa na Colônia Agrícola Penal Major César Oliveira.

“O secretário de Governo é a pessoa que vai coordenar, pela parte da gestão, todo esse processo e dar a informação, até porque está tudo informatizado. Estão liberadas no sistema. Não vai ser difícil, até porque o Rafael já indicou o secretário de Fazenda, que é o meu secretário de Fazenda. Não terá problemas”, disse a governadora. 

Regina Sousa destacou ainda que a transição será tranquila, porque são governos petistas que se alterarão no comando do Estado.

“Não é uma coisa desconhecida. Se fosse um governador de oposição, ele iria precisar de mais tempo para a transição, mas o Rafael não!. Ele já conhece toda a estrutura do estado, já pensou no que pretende mudar e vai apresentar a equipe dele para pegar dados e mandar para a Assembleia”.

Ela lembrou ainda que o o ano de 2023 não será fácil devido às perdas no orçamento e por isso tem que ter planejamento financeiro.(piauihoje)

O governador eleito do PT certamente não levará em conta os deboches do Mão Santa

Como em 2018, quando o PT elegeu em primeiro turno o governador Wellington Dias, derrotando Luciano Nunes (PSBD), que tinha como vice a filha do Mão Santa, Cassandra Moraes Sousa, o PT novamente manda um recado para prefeito de Parnaíba Mão Santa: baixa a bola que teu discurso de esculhambar todo mundo chamando petistas de ladrões e mentirosos não sensibiliza ninguém. Principalmente quando no seu governo há suspeitas fortes de que há pessoas enriquecendo ilicitamente.

Embora elegendo a filha Gracinha Moraes Sousa a deputada estadual, a lenga-lenga do velho discurso de mudança não adiantou e o PT venceu a votação para presidente e governador do Estado, com os candidatos Lula e Rafael Fonteles, que foram mais votados em Parnaíba que Bolsonaro e Silvio Mendes, apoiados pelo grupo político do Mão Santa. O prefeito teve que engoliar mais esta fragorosa derrota, não obstante a montanha de dinheiro gasto.

Dos candidatos a deputado federal que fizeram dobradinha com a Gracinha, ao que  se sabe, nenhum se elegeu. Agora, é esperar que a Gracinha leve o povo de volta ao poder e consiga trazer da Assembleia muito dinheiro para Parnaíba, conforme prometeu. Já que ela o tempo todo não admitiu que Dr. Hélio era um deputado de Parnaíba, agora Parnaíba tem ela como deputada. Só que na oposição, numa Assembleia em que quase 90% de sua composição está na base do governo. É esperar o milagre acontecer.

Por Sávia Barreto

A coluna apurou os nomes que já são cotados para o secretariado de Rafael Fonteles. A primeira observação é a de que não serão gestões de “porteira fechada”, ou seja, o gestor escolhido não terá liberdade integral na montagem da equipe que vai administrar a pasta. Em geral, secretarias indicadas por partidos políticos em governos – sejam eles municipais, estaduais ou federais – podem ter essa autonomia maior, o que os políticos chamam de “porteira fechada”.

Chico Lucas

Para a secretaria de Governo, o ex-presidente da OAB-PI e ex-presidente do Interpi, Chico Lucas, deve ser o novo secretário. Ele estudou com Rafael Fonteles no Colégio Dom Barreto e a amizade se estendeu profissionalmente, com o apoio mútuo nas carreiras. Chico Lucas foi um dos coordenadores da campanha de Rafael e ativo inclusive ao rebater críticas da oposição nas redes sociais. 

Vem aí 

Ele ainda deve indicar o sucessor de Plinio Clerton na Procuradoria Geral do Estado. Chico Lucas é filiado ao PT e cotado para disputar a prefeitura de Teresina no pleito de 2024. Já na pasta de Planejamento, fontes apontam que o mais cotado é o ex-secretário de Planejamento nas gestões de Firmino Filho, Washington Bonfim, que atuou na coordenação de estratégias e articulação com lideranças na campanha petista. 

Duelo 

Na Saúde, há um duelo entre os dois deputados federais eleitos na federação do PT, Florentino Neto e Francisco Costa. Sendo que ambos podem assumir funções de secretariado e, dessa forma, abrir espaço na Câmara Federal para os suplentes da chapa da federação, Merlong Solano e Wilson Martins. Caso a indicação seja de Francisco Costa, o cotado é Dr. Vinicius, eleito deputado estadual no PT. Já Gil Carlos corre por fora, com propriedade de manter a esposa, Daniele Aita, no Iasp.

Mais disputada

A pasta de Educação pode continuar com Elen Gera – nome de confiança de Rejane e Wellington Dias. Há resistência por parte de  deputados, que gostariam de ter maior ascendência na Seduc. O plano B seria Washington Bonfim, mas seria necessário mais força política para essa indicação, que é uma das de maior visibilidade de uma nova gestão, ficando na cota pessoal do governador eleito. Bonfim já foi gestor da educação na administração Firmino.

Quase certo

Na Secretaria Institucional, sairia Pedro Calixto e entraria Marcelo Noleto (analista do TRT). Na Sedet, Victor Hugo, economista e mestre em Desenvolvimento Econômico, ex-bolsista em Harvard e ex-secretário em Timon. Já na Comunicação, o jornalista Mussoline Guedes seria o mais cotado. Ele trabalhou na campanha com Rafael e tem acompanhado o governador eleito em agendas com a imprensa. É visto também como um nome técnico e de diálogo. Já foi secretário de Comunicação na gestão de Sílvio Mendes.

Florentino Neto e Dr. Hélio: dobradinha que deu certo em Parnaíba

Por Arimatéa Carvalho

O deputado federal eleito Florentino Neto (PT) visitou na segunda-feira (3) o Mercado da Caramuru, em Parnaíba, segundo maior colégio eleitoral do Estado, onde ele foi prefeito e no domingo teve a maior votação jamais alcançada por um deputado federal na cidade. 

Acompanhado dos vereadores Assis Car e Ronaldo Prado, ele conversou com os vendedores e clientes. Florentino também ressaltou a importância da dobradinha em Parnaíba com o deputado estadual reeleito Dr. Hélio (MDB). 

Florentino cumprimenta vendedor no Mercado da Caramuru, em Parnaíba

DEPUTADO DO LITORAL

Florentino Neto voltou a dizer que será o deputado federal de Parnaíba, com atenção especial ao litoral do Estado. Depois de 20 anos, Parnaíba terá novamente um deputado federal da terra no Congresso Nacional. “Vou honrar meus compromissos com os moradores”, finalizou.