
Luciano Nunes, candidato do PSDB ao governo do Piauí, diz que se eleito para comandar o Executivo estadual, promoverá uma gestão moderna, com uma estrutura da máquina menor, priorizando ações a beneficiar a vida das pessoas e racionalizando os gastos públicos.
Em linhas gerais, fala da necessidade de uma educação de qualidade, saúde pública com a descentralização das ações, fortalecendo hospitais regionais, fazendo parceria com os municípios e ainda com a construção de quatro novos hospitais de urgência.
O candidato argumenta que não faltam recursos para a saúde, e sim gestão para evitar o desperdício do orçamento hoje disponível. “Quando criarmos uma rede descentralizada, vai aliviar da capital. E o que vai economizar aqui em Teresina, vai ajudar a custear no interior”, diz Luciano, lembrando que estas medidas também ajudam a diminuir o sofrimento do cidadão.
O estado hoje, diz Luciano, possui orçamento de R$ 1,7 bilhão para a saúde, logo “temos sim recursos e se necessário vamos buscar junto ao governo federal”. Pontua ainda que além da falta de gestão, o uso da saúde como moeda de troca e para o empreguismo tem colocado a vida das pessoas em risco.
Dentro do tema saúde, fala sobre a situação da maternidade Dona Evangelina Rosa, e destaca que no seu mandato na Assembleia Legislativa do Piauí tem denunciado que a casa de saúde tem a maior taxa de mortalidade neonatal do país. “E culpa deste governo, que está há 12 anos comandando o estado do Piauí”. Um problema, que coloca o candidato, começa a ser resolvido melhorando a gestão dos gastos destinados à unidade e com a valorização do profissional de saúde.
Ao tratar de segurança, destaca dois nomes de sua chapa majoritária, a candidata a vice-governadora, delegada Cassandra, e o candidato ao Senado Robert Rios, como parceiros importantes para tratar da problemática. E ao ser questionado sobre propostas para combater a invasão de quadrilhas de assaltantes de banco no Piauí, o candidato diz que ações deste tipo são reflexo do sucateamento e da fragilidade do estado.
“Se [o bandido] vem é porque as portas estão abertas para o crime. Se não tem bem combustível para colocar nas viaturas, como é que o bandido vai ter medo de vir aqui? Vai ter medo de agir onde tem polícia, polícia pra valer, na qualidade e na quantidade, com policiais valorizados e bem remunerados”, coloca Luciano, prometendo dobrar o contingente da PM e da Polícia Civil através de concursos.
Quanto ao sistema prisional, fala do déficit de agentes nas unidades do estado e lembra que hoje 150 aprovados aguardam para serem nomeados. Quer ainda desenvolver projetos de incentivo às empresas para que recebam ex-detentos, ressocializados no sistema, como mão de obra.
Mas antes, destaca Luciano, é preciso colocar o estado para crescer e estimular a geração de novos empregos. Na educação, o candidato diz que deseja levar o modelo de sucesso de Teresina para o interior. Fala ainda da necessidade de um planejamento para garantir segurança hídrica ao piauiense e o devido acompanhamento da situação das barragens para evitar que tragédias aconteçam como em Algodões.
Sobre o atraso na conclusão de obras estruturantes e de mobilidade como o Centro de Convenções, Porto de Luís Correia, duplicação das BRs, Rodoanel e Transcerrados, Luciano diz que falta vontade política e sobra “blá blá blá e conversa fiada”.
Perguntado sobre o porquê da indignação por ele apontada sobre o governo não estar refletida nas últimas pesquisas de intenção de voto, que trazem o atual governador na liderança, Luciano diz que não se baseia em pesquisas. “Pesquisa não pode nortear uma eleição”, diz. O candidato considera ainda que as pesquisas “de hora em hora”, igual a “tele sena”, tem apenas o intuito de “tentar manipular a eleição”. (180graus)