Author: Bernardo Silva

A crise na manutenção da segurança pública do Piauí ganhou um capítulo emblemático em Sebastião Leal, na região dos Cerrados. Uma viatura policial foi flagrada sendo empurrada pelo próprio efetivo, e não por problemas mecânicos: faltava combustível. O episódio rapidamente viralizou, rendendo piadas e memes que circulam em todo o estado. O desabastecimento das viaturas não é novidade. Há pelo menos 30 dias, o assunto domina conversas nas cidades do interior, mas a imagem de policiais empurrando o carro tornou o problema um símbolo irônico da fragilidade da segurança no Piauí.

Nas redes, a repercussão vai além do humor: é um alerta sobre a incapacidade da gestão de garantir condições mínimas de trabalho para quem mantém a ordem pública. O episódio evidencia um duplo desgaste: político, pela imagem negativa que se espalha rapidamente; e de segurança, colocando em risco a proteção da população. Um alerta que mistura ironia e humanidade: por trás do meme, estão profissionais e cidadãos impactados pela falta de estrutura. (Silas Freire)

Não se fala em outra coisa em Parnaíba e na região litorânea: a disputa pela Assembleia Legislativa promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos. No centro da corrida estão Gracinha Mão Santa, Rubens Vieira e doutor Hélio Oliveira ,  três nomes fortes que devem dividir o eleitorado parnaibano e da planície litorânea. Sem favoritismo definido, o cenário é de equilíbrio. Gracinha, que já foi a mais votada da região, entra na disputa sem o poder municipal, mas ainda com popularidade elevada.

Já Rubens e doutor Hélio mantêm bases sólidas e consolidadas, o que deve garantir uma briga voto a voto. Os demais candidatos, segundo analistas locais, devem ficar com votações simbólicas, enquanto a verdadeira disputa se trava nesse trio. E há quem aposte num fator surpresa: Mão Santa, o ex-prefeito e líder político histórico, poderia substituir a filha Gracinha na corrida à Alepi. Aí, dizem os observadores, não haveria concorrência , Mão Santa levaria praticamente todos os votos da Parnaíba e da planície litorânea. (Silas Freire/Encarando)

Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) – (Reprodução: @sostenescavalcante | Instagram)

O PL se mobiliza para colocar na pauta de votação da Câmara, na primeira semana de novembro, a votação da proposta de anistia, sob relatoria de Paulinho da Força (SD-SP). A ideia é que o líder do partido, Sóstenes Cavalcante (RJ), apresente a demanda na reunião de líderes já no próximo encontro. Paulinho insiste em uma proposta que altere a dosimetria, mas a oposição rechaça a ideia e prepara para apresentar um destaque próprio para que a proposta volte a tratar sobre a anistia.

Empréstimos 1

O governo do Piauí assinou mais contratos de contragarantia com a União para assegurar acesso a operações de crédito destinadas à reestruturação de dívidas anteriores — ou seja, trocou uma dívida por outra, com prazo maior para pagar e parcelas que caibam no fluxo de caixa do Tesouro estadual.

Foto: Governo do Piauí

Rafael Fonteles faz novos empréstimos. Para pagar os anteriores

Empréstimos 2

O primeiro dos contratos foi assinado na terça-feira (21), relativo a financiamentos firmados entre o Estado e o Banco do Brasil, no valor de R$ 548,1 milhões, destinados à reestruturação e recomposição do principal das dívidas estaduais.

Como já posto, o Estado pegou empréstimo para pagar empréstimo — como faz uma pessoa física que, gastando demais no cartão de crédito, precisa da ajuda do banco que gerencia o cartão para pagar a conta.

Empréstimos 3

Na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União estão os extratos de outros contratos de contragarantia do Estado do Piauí com a União, relativos a empréstimos com o Banco do Brasil, que somam R$ 4,469 bilhões destinados à reestruturação e recomposição do principal das dívidas especificadas no Anexo Único da Lei Estadual nº 8.690, de 15/05/2025.

Somados aos R$ 548,1 milhões de terça-feira, o governo agora pode ir ao BB para pegar R$ 5,017 bilhões — para cobrir o cheque especial. (Portalaz)

O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER), Leonardo Sobral, conhecido nos bastidores como o “Sheik do Asfalto”, está novamente sob os olhos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). Genro do empresário Jesus Filho, dono da TV Cidade Verde, Sobral conta com ampla cobertura midiática, o que garante visibilidade às obras, mas pouco esclarece sobre a transparência dos contratos sob sua gestão.

Sobral já foi alvo de auditorias do TCE à frente do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI), nos exercícios de 2021 e 2022, por contratos e obras de pavimentação conduzidos pelo órgão.

Atualmente à frente do DER, ele comanda centenas de milhões em obras de pavimentação e infraestrutura. Entre os contratos, duas construtoras se destacam: Potti e Solução, esta última ligada a Felipe Machado, o Felipinho, amigo do governo. Juntas, essas empresas movimentam cerca de R$ 200 milhões no estado, a maioria proveniente de obras do DER.

O padrão observado por empreiteiros e entidades de fiscalização chama atenção: muitas vezes, as duas empresas ficam em terceiro lugar nas licitações, mas acabam executando as obras quando as concorrentes desistem. A falta de transparência nas contratações e nos processos de execução das obras levanta suspeitas sobre a condução dos contratos pelo DER.

A reportagem procurou o DER e o próprio Leonardo Sobral, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. (Portal Encarando)

O trânsito brasileiro, que já mata milhares de pessoas todos os anos mesmo com a obrigatoriedade da formação em autoescolas, pode se tornar ainda mais perigoso. O governo petista do presidente Lula propõe abolir a exigência de autoescola para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)  uma mudança que soa mais populista do que responsável.

No Piauí, por exemplo, são cerca de mil mortes por ano em acidentes de trânsito, a maioria provocada pela imprudência dos motoristas. Se com treinamento obrigatório o cenário já é trágico, imagine sem ele. Nesta quinta-feira, monitores de autoescola protestaram em Teresina, nas imediações da Assembleia Legislativa e do Poder Legislativo Municipal, alertando que a medida pode aumentar o número de acidentes e banalizar a formação dos condutores. (Encarando)

A crise financeira já estacionou as viaturas da PM. No sul do Piauí, especialmente em Guadalupe, Porto Alegre, Marcos Parente e Landri Sales, o policiamento está comprometido pela falta de combustível o mesmo problema que, segundo denúncias, pipoca em todo o estado. Em Guadalupe, houve tiroteio no domingo, e as viaturas nem saíram do batalhão.

A empresa do Cartão Combustível teria suspendido o fornecimento, deixando os batalhões sem crédito. Policiais recorrem a PIX de emergência e abastecimentos improvisados. A coluna já havia advertido que o policiamento ostensivo estava em risco agora, o alerta virou realidade.(Silas Freire)