Onde estamos e aonde chegamos? O Poder Legislativo, eleito para fiscalizar o Executivo e suas ações administrativas, com 30 “representantes do povo” não consegue 1/3 de assinaturas (10) para atender a exigência regimental, para a implantação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, para fiscalizar possíveis desmandos e desvios de conduta, na aplicação e gerenciamento de recursos da maior estatal do estado a AGESPISA.
Vale lembrar que ao final das eleições passadas, os partidos de oposição elegeram 20 das 30 cadeiras do parlamento estadual, enquanto o partido vencedor das eleições para governador, apenas preencheu 10 cadeiras.
A falta de consciência democrática, de cultura ética, moral e política, levaram

os recém-eleitos se deixarem cooptar pelo Poder Executivo, em mais uma excrescência aética dessa imoral democracia vivida em nosso país.
Saudades do tempo em que o legislativo do Piauí tinha apenas dois lados, o da oposição e os governistas. Resguardávamos o respeito ao voto do cidadão e à dignidade em nome da ética, da moral e da decência na política.
Lamentavelmente a chamada grande imprensa não se posiciona com o dever de bem informar à opinião pública, informando ao povo que os bons costumes e a moral estão deformados em nosso legislativo.

Quem são os vendilhões? Quem são aqueles que alugaram, venderam ou emprestaram o mandato que o povo lhes confiou, se deixando vergonhosamente ser cooptado pelo Executivo de plantão.
É evidente que o governador está no seu papel. Detentor da caneta tem o poder de barganha, mas, feio, imoral e ridículo, é o Parlamentar que deveria respeitar o mandato lhe confiado pelo povo, na esperança de que fosse exercê-lo com dignidade.
A oposição no legislativo do Piauí está fragmentada, rendida, cooptada, (comprada) pelos tostões do poder, que encanta àqueles que não têm a dignidade de poder merecer a confiança do povo.
Dos 40 deputados, pois já existem 10 novos convocados, apenas 9, tiveram a dignidade de cumprir com o dever que a missão de servir ao parlamento do povo, os obriga por força e garantia constitucional, com a nobre missão, de fiscalizar, apurar e punir aos executivos, que não se conduzam com dignidade, na aplicação dos recursos públicos (dinheiro do povo) como lhes faculta a Constituição.
Apenas 9 parlamentares honraram o mandato popular a eles confiado pelo

povo. 21 continuam roendo a corda da desfaçatez amoral na política.
Afinal, quem vai quebrar as correntes, do peso da bola de ferro na perna, a serviço do governo, para, com a dignidade que o mandato exige e requer, assinar a CPI e contribuir com a necessária fiscalização, para apurar de quem são as responsabilidades da monstruosa dívida de R$ 1 bilhão, na maior estatal do Governo do Estado do Piauí.
Caberia ao partido do governo e ao próprio governador, mandar que sua bancada assinasse e ajudasse na implantação da CPI, para, ética e moralmente, oferecer a liberdade de ação do parlamento, na transparência das contas públicas, sem receios de culpa de filiados ou aliados.
O Poder Legislativo no Brasil, a nível federal, estadual e municipal, é, vergonhosamente cooptado pelos Executivos, numa clara e imoral indignidade política num desserviço aos direitos democráticos e desrespeito ao voto do cidadão.
Estamos vivendo em nosso país, a pior fase de sua história, na ética, moral, política e na dignidade.
Vergonhosamente se a podridão toma conta da nação, no legislativo estadual do Piauí não é diferente. Nossas condolências ao eleitor piauiense, em nome da falência da ética e da moral na política.
É a nossa dura opinião de hoje, doa a quem doer! (Por: Tomaz Teixeira)