Nos corredores da política piauiense, o clima é de articulação intensa e o deputado Júlio Arcoverde fala com a segurança de quem já escolheu o campo de batalha. Em entrevista à TV Lupa1, o parlamentar desenhou, “sem rodeios”, o cenário que enxerga para a direita no Piauí e deixou claro: para ele, o jogo eleitoral não comporta meios-termos.
Júlio Arcoverde –
Questionado sobre a possibilidade de diálogo e unificação das forças conservadoras, Júlio foi direto ao ponto. Na sua leitura, o estado caminhará para uma disputa polarizada, com dois polos bem definidos: o grupo do governo e o que ele chama, com certo tom épico, de “heróis da resistência da oposição”.
É nesse bloco oposicionista que o deputado aposta suas fichas. Segundo ele, todos aqueles que desejarem integrar essa frente terão espaço no projeto eleitoral que começa a ser costurado desde já. O discurso é de união, mas com identidade bem marcada a oposição como trincheira política e simbólica.
Nos bastidores, Júlio sinaliza um diálogo afinado com partidos tradicionais. O PSDB, por exemplo, aparece como peça-chave nesse xadrez. Para o deputado, a legenda carrega um peso histórico inegável, sobretudo na capital.
“O PSDB é a cara de Teresina”, resume, ao defender a presença dos tucanos na futura coligação.
Outro ator importante nessa composição é o PL. Júlio destaca a boa interlocução com lideranças locais e nacionais da sigla, citando nominalmente o ex-ministro Valdemar Costa Neto e o diálogo constante com representantes do partido no estado.
O tom é de confiança: a parceria, segundo ele, tende a se consolidar independentemente de quem venha a encabeçar a chapa.
Entre os nomes ventilados, surgem Margareth e Joel, tratados como alternativas naturais dentro do mesmo campo político. Mais do que o cabeça de chapa, o deputado enfatiza o projeto coletivo e a narrativa de enfrentamento ao governo estadual.
No estilo de quem sabe que política também se faz de símbolos e frases de efeito, Júlio Arcoverde deixa sua marca: no Piauí, diz ele, haverá apenas dois lados. E quem escolher a oposição, estará, automaticamente, ao lado dos tais “heróis da resistência”.
Nos salões, nos gabinetes e nas rodas de conversa da política local, a frase já começou a ecoar. Afinal, em ano pré-eleitoral, toda declaração é também um ensaio de campanha e Júlio parece confortável no papel de protagonista desse roteiro. (Lupa1)