Os caminhoneiros e o macaco que cortou os galhos.

 

Por Pádua Marques.*

Esta desastrosa paralisação de caminhoneiros por dez longos e sofridos dias me faz lembrar aquelas histórias de macaco que a gente quando era criança ouvia à noite contadas pelos mais velhos. Porque se existe bicho mais cheio de marmota e criador de confusão é o camarada macaco. Faz das suas e acaba saltando os galhos como se nada tivesse acontecido e a coisa não fosse com ele.

Contavam as histórias de ponta de calçada naquele tempo em que não havia esta peste de televisão, que o camarada macaco um dia se encontrou muito contrariado com a vida besta que estava levando. Era um tal de saltar pra lá e pra cá, correr por cima dos galhos e mais lá na frente, intimar, procurar briga com os outros. A coisa estava ficando muito sem graça e logo ele, macaco, que todo mundo dava como o animal mais safado da mata.

Olhou pra um lado e pra outro e disse consigo que aquilo não estava certo. Muitos outros animais andavam ganhando suas árvores e dominando os lugares de onde tirava comida. Estava certo aquilo não. Convocou uns camaradas da pesada e depois de uma reunião em cima de uma árvore resolveram causar toda sorte de danos à floresta. Se danaram a cortar os galhos, destruir, tocar fogo nesse e naquele outro pé de pau.

Toda aquele pânico acabou gerando desassossego entre os passarinhos que haviam instalado seus ninhos nas copas das árvores. Os animais como onças, capivaras, tamanduás, tatus e outros como a preguiça acabaram correndo e até morrendo tamanho foi o estrago. Os macacos não se contentando com o mal feito tocaram fogo nas veredas e partes mais baixas.

Sapos, rãs, jacarés e outros bichos de beira de riachos passaram foi baixo com toda aquela situação. Porque no mato uns dependem dos outros. Tanto pra comer, sair de um lugar pra outro quanto, pra cruzarem e assim continuarem vivendo as espécies. Mas os macacos se metendo a espertos não calcularam essas coisas e sentaram a destruir tudo o que encontravam pela frente. Não tinha conversa. Era passar na frente e era queda mais adiante.

Passados alguns dias, uns dez se não erra a conta, e depois de uma forte chuva que de certa forma serviu pra esfriar as cabeças quentes, foram calcular as perdas e os danos. E chegaram à certeza de que as perdas foram maiores que os ganhos pra todos. Tem animal e muito macaco que até hoje nunca mais soube o que é um salto, outros, uma caçada e um banho de rio. Muitos estão no olho da mata, sem um galho pra enrolar o rabo. Macaco é bicho burro.

Assim fizeram os caminhoneiros nestes últimos dez dias. Deram uma de macacos. Deixaram todo mundo no desespero por causa do preço do óleo diesel. Que era coisa mais fácil de resolver se conversando. E não se chegar ao ponto que chegamos. Indústrias, comércio, serviços, meio de transporte parados, se acabando, gente morrendo em hospitais, prejuízos pra todo lado. Eles mesmos vão sentir o desemprego porque as empresas pras quais trabalhavam se acabaram.  Em teme de ter uma guerra civil! Que coisa! * Pádua Marques é jornalista, escritor e membro da Academia Parnaibana de Letras.

Choffer, motorista ou caminhoneiro – os heróis da estrada

Por: Benedito Gomes (*)

A história do caminhão começou lentamente, lá pelos idos de 1800, na Europa, em especial na França, onde já se pensava em abrir estradas onde pudesse trafegar algo além de cavalos, para os quais as estradas eram projetadas na época. Aliás, eram apenas grande veredas. Com a evolução da máquina a vapor e depois motores a gasolina e diesel ,carros e caminhões tomaram conta das estradas pelo mundo à fora.

Não faz muitos anos que os caminhões chegaram em nossa região. Eram pequenos, com apenas seis pneus e projetados para quatro a seis toneladas de cargas. O motor à gasolina era acionado por uma manivela e a tripulação formada por um chofer e um ajudante instalados na boleia. Os passageiros viajavam na carroceria, segurando em uma peça de madeira chamada gigante.

O país alcançou alto grau de desenvolvimento na indústria, no comercio e na agropecuária. As estradas de areia, pedras e lama se transformaram em rodovias asfaltadas; os pequenos caminhões passaram chamar-se trucados, carretas e o conjugado bi-trem. O velho chofer passou a ser conhecido como o honroso e respeitado nome de caminhoneiro. E são estes homens que passam mais tempo de sua vida em cabine de caminhão; mais tempo vivendo nas estradas do que em suas próprias casas. Dias, semanas e até meses, distante da esposa, filhos e demais familiares. O dia do caminhoneiro começa sempre às quatro horas da manhã, sem hora para terminar. São dias cansativos e noites mal dormidas. Pagam IPVA, seguro, licenciamento, pedágio e tudo mais que se pode cobrar de quem trabalha. Enfrentam estradas esburacadas, sem acostamento, péssima sinalização e, mesmo assim, estes destemidos brasileiros transportam milhões de toneladas de todo e qualquer tipo de mercadoria, abastecem os portos com produtos de exportação e o mercado interno com tudo o que nós brasileiros consumimos.

Temos talvez o frete mais caro do mundo por quilômetro rodado, isso provocado pelo preço do combustível que, além de caro, não é de boa qualidade. 

Nos últimos anos nosso pais foi envolvido pelo manto da corrupção e para mantê-la a maneira mais fácil é aumentar imposto. Grandes taxas foram destinadas aos combustíveis, cujo aumento diário atingiu em cheio os maiores consumidores, nossos heróis da estrada e eles não pegaram em armas, não usaram canetas, não montaram palanques… eles pisaram no freio, estacionaram nas pistas, acostamento, pátios, e pararam o Brasil, ganharam respeito e admiração da maioria do povo brasileiro.

No segundo dia de greve já se previa que seria devastadora, à medida que se prolongasse. No quinto dia já se confirmava a escassez de diversos produtos e gênero alimentício.

O presidente da republica se reunia com assessores e procurava solução para por fim da crise, o que vinha conseguindo a passos lentos. Enquanto isso câmara federal, senado federal, assembleias legislativas e governadores, simplesmente cruzaram os braços como se nada estivesse acontecendo.

Nossos caminhoneiros mostraram ao Brasil que o poder emana do povo e em seu nome será exercido. Nossos políticos confirmaram que não tem nenhum interesse e nem respeito por aqueles que, através do voto, lhes dão o poder de governar.

Em cinco dias de greve o Brasil quase parou, pois quem trabalha ,quando pára, sua ausência é notada. Entretanto, se o congresso nacional entrar de greve, mesmo por um período de trinta dias, não irá fazer falta a ninguém.

Somos gratos aos senhores caminhoneiros. São fortes, unidos, bravos e tem coragem de mostrar a cara. Parabéns!!!

(*) Benedito Gomes

Contador-UFPI

Escolhas que matam

*Clemente Ganz Lúcio

As crises econômicas e as recessões são fenômenos que atormentam as sociedades nesses dois séculos de capitalismo. Causas diversas estão na origem de cada crise e podem ser tratadas de formas diferentes, conforme as distintas correntes de pensamento econômico. O debate acompanha as escolhas de políticas econômicas dos governos e as decisões de empresas, investidores, bancos, entre outros. As sociedades assistem, às vezes participam, mas sempre sofrem as consequências das crises e das medidas tomadas para enfrentá-las. Desdobramentos assombrosos, como guerras, conflitos sociais, empobrecimento e miséria, desemprego, arrocho salarial e fome tecem a teia de mazelas que une cada contexto histórico específico.

Para poucos, quer dizer, para os mais ricos, as crises são oportunidade para enriquecerem ainda mais, comprando ativos baratos, ganhando com juros, arrochando devedores e garimpando oportunidades. Com as crises, esses poucos ganham com o sofrimento de muitos!

As crises criam os derrotados pelo desemprego, destituídos de capacidade para gerar a renda para o consumo da família, muitos perdem casa e bens, e outros veem a família se desagregar. O desespero abate e adquire faces perversas que destroem o horizonte das pessoas e as perspectivas de futuro de uma nação.

Mais dramático ainda é o destino daqueles que não têm autonomia para lutar e se defender, como as crianças. Estudo divulgado pela Fundação Abrinq (http://fadc.org.br) mostra que a mortalidade infantil voltou a crescer no Brasil, depois de uma década de contínua redução. O número de óbitos de crianças entre 1 e 4 anos passou de 5.595, em 2015, para 6.212, em 2016, aumento de 11% no período. No caso das crianças com entre 1 mês e 1 ano de idade, o número de mortes subiu 2%, de 11.001 para 11.214.

Qual o motivo? O desemprego faz os estragos conhecidos, mas as decisões governamentais são ainda mais perversas, porque quando a crise afeta a receita fiscal do Estado, os gastos sociais são cortados. Diante de uma crise, o governo cobra mais impostos de quem pode – dos ricos – ou faz cortes. E os cortes deveriam atingir quem pode aguentar o tranco da recessão. Os gastos com a manutenção do atendimento social e destinados a financiar a saída da crise deveriam ser mantidos.

O pior corte é aquele que fragiliza ainda mais as condições dos mais fracos, quer dizer, de crianças e pobres. A própria Fundação Abrinq mostra onde acontecem cortes nos programas sociais. Um exemplo é o programa Rede Cegonha, cuja atenção é voltada à mãe no pré-natal, ao parto e à criança, do nascimento até os dois anos, em que o governo aplica hoje somente pouco mais de 10% dos recursos que deveria aplicar. Os cortes se espalham pelos programas de alimentação, educação, saúde, saneamento, Mais Médicos, entre tantos outros. As consequências são graves, e podem levar a óbito pessoas que dependem desses serviços ou ainda acarretar sequelas, muitas vezes, irreversíveis a outras.

Por isso é sempre bom falar da importância da escolha de parlamentares e governantes por meio do voto. Eles decidem como arrecadar impostos e como aplicá-los. Os trabalhadores são a maioria da população, mas se tornam minoria porque dão poder, pelo voto, àqueles que decidem contra seus interesses. São decisões que podem desempregar, arrochar salários, tirar direitos e matar. Há caminhos para fazer a economia crescer, gerar empregos, proteger direitos e garantir a vida diante das adversidades. Por isso, atenção às escolhas faz muita diferença!

*Clemente Ganz Lúcio é  Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e do Grupo Reindustrialização 

 

Sob comando do PT, o BNDES “investiu” R$ 1,2 trilhão e sofreu perda total

Luciano Coutinho dirigiu o BNDES rumo ao prejuízo

Rubens Bueno
Veja

Imagine um país com R$ 1,2 trilhão para investir em desenvolvimento. Esse é o sonho de qualquer governante compromissado com o fortalecimento da economia, com a melhoria da infraestrutura e com a geração de milhões de empregos no país. Pois foi justamente essa montanha de dinheiro que os governos do PT, capitaneados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, tinham em suas mãos. E o que fizeram? Jogaram na lata do lixo dos campeões nacionais da corrupção.

Quem acompanha mesmo de longe o desenrolar da operação Lava Jato conhece bem que fim levaram os irmãos Batista, da JBS Friboi, Emílio e Marcelo, da construtora Odebrecht, e o empresário Eike Batista, do Grupo EBX. Financiados a juros reduzidos com o trilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), corromperam políticos, abasteceram caixas dois de campanha e remeteram recursos para o exterior sem gerar uma das principais contrapartidas que um banco de fomento tem que exigir: a geração de empregos.

SÓ PREJUÍZOS – A JBS Friboi fechou dezenas de frigoríficos no Brasil e direcionou grande parte de suas operações para o exterior. A fantasiosa EBX de Eike Batista faliu e deve bilhões ao BNDES e outros credores. A Odebrecht, diante dos escândalos de corrupção, está mal das pernas. E, como resultado disso, milhares de trabalhadores dessas empresas foram parar no olho da rua.

Hoje, cabe perguntar ao PT: Qual benefício, além da corrupção, trouxeram ao Brasil os “amigos do Rei” que hoje “está nú” em uma cela da Polícia Federal em Curitiba?

Se havia pelo menos a remota intenção de melhorar ao menos um pouco a vida dos brasileiros com essa política de investimentos públicos em empresas que já eram grandes, ao invés de fomentar pequenas e médias, isso não se configurou.

RENDA PER CAPITA – Se pegarmos o avanço da renda per capita brasileira veremos que entre 1994 e 2016, ela cresceu 31%, menos que a média dos países da América Latina e no Caribe, cujo índice avançou 37%. Diante dos países emergentes, onde o Brasil está incluso, a vergonha é ainda maior. Nesse grupo, o aumento do PIB per capita foi de 152% no mesmo período. Já as nações desenvolvidas cresceram 42%.

Na prática, o BNDES, nas mãos do Partido dos Trabalhadores, deu prejuízos ao país. Como se diz quando um carro é inutilizado num acidente de trânsito, o BNDES deu PT. Perda Total.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não estranhe quando o BNDES anuncia ter tido lucro. Grande parte dos prejuízos tem cobertura do próprio governo, que cobre os rombos com recursos do Fundo Garantidor de Exportações, com dinheiro do Tesouro Nacional – leia-se seu, meu, nosso… (C.N.)

Saco de carvão.

 

 * Pádua Marques.

Outro dia uma de minhas irmãs achou de, depois de uma latumia danada do vendedor na nossa porta, comprar um saco de carvão. Fazia tempos que aqui na nossa casa de Parnaíba eu não encontrava uma mercadoria dessas. Veio à lembrança quando morávamos no bairro de Fátima e ainda minha mãe estava longe de ter na cozinha um fogão a gás, um luxo pra poucos naquela época.

Meu pai, homem de pouco dinheiro na burra, tinha das suas de vez em quando e numa dessas, pra encurtar caminho e se livrar dos atravessadores, meteu naquela cabeça branca de comprar carvão, vindo no trem da tarde. Esse carvão, assim como galinhas poedeiras ou prontas pra ir à panela, franguinhas de primeira pena, melancias, maxixes, quiabos, tapiocas, beijus e leitões cevados, tudo descia na Esplanada da Estação.

Também vinha muita gente feia e triste, vinda de Marruás, Vidéo, Bom Princípio, Cocal e até da muito longe Piracuruca. Toda essa gente e coisas vinham direto´pra estação ali no bairro de Fátima. Papai comprou vários sacos de carvão. Antes, pediu a um amigo seu jumento pra depois do negócio levar a carga pra nossa casa. Ora, aquele carvão todo daria pra consumo de vários dias e até meses.

Eu e meu irmão ficamos encantados com aquela aventura de ir da estação de trem até nossa casa tangendo o jumento carregado de carvão, que depois de chegado e descarregado e medido numa lata de querosene, foi colocado nos fundos da cozinha à espera de sua utilidade.

O tempo passou, vieram outros e um dia, quando as coisas melhoraram em casa, minha mãe escasquetou e acabou comprando um fogão a gás marca Jangada. Não sei ao certo se na Rosemary ou no Décio Lobão. Como diria minha mãe, outra realidade! O carvão passou a ser mercadoria pra se comprar de vez em quando. Já ninguém olhava pro monte que se formava no canto da cozinha. Servia quando muito pra queimar no ferro de gomar.

O monte de carvão servia agora pra ser lugar e ninho de galinha com choco e que dentro de poucos dias sairia de porta pra fora com uma dúzia de pintos procurando o que comer. O saco de carvão foi perdendo importância. Ora vejam só! Mas de vez em quando entrava em cena no fogareiro que por precaução minha mãe conservou num canto em caso de emergência.

Olhando pra fora, o tempo e as coisas foram melhorando na Parnaíba. De uns tempos pra cá não se encontra mais na rua ao sol das oito horas os carvoeiros gritando a mercadoria enquanto estalavam o relho no lombo dos jumentos querendo pressa.

Mas todo esse rodeio que eu fiz teve e tem um propósito de chegada. Pra os políticos, os carreiristas de palanques, os demagogos de toda sorte, o povo é feito aquele saco de carvão. De quatro em quatro anos eles estão na sua porta vendendo uma mercadoria  que não tem estoque, exceto aos domingos quando alguém resolve fazer um churrasco. O saco de carvão, que é o povo, fica esquecido, dormente, aguentando tudo. Os meninos de casa nunca passam perto. O carvão se livrou de ser queimado dentro de um ferro de gomar porque hoje o que não falta é ferro elétrico de todo tipo, tamanho e marca. Carvão suja as mãos e quando aceso enche a cozinha de fumaça.

E se serve de ninho pra galinha choca, acaba empestando a cozinha e a despensa de piungas. As eleições estão chegando. A campanha pesada vai ser depois da Copa da Rússia. Será um refrigério. Se esquecem de tudo em quanto: preço da gasolina, quebra-quebra, carnê do Paraíba, prestação da casa própria, reforma da Previdência, Lava Jato, o Lula. Quando a gente se espantar é a campanha e a propaganda na televisão e nos outdoors.

Os políticos vão entrar em sua casa com a maior cara limpa. Se deixarem, eles são capazes de ir até a cozinha. Se descuidar eles são capazes de abrir a panela. São capazes de beijar e colocar nos braços crianças catarrentas e dar abraços em velhas vestidas de chambres e com a baba da noite nos cantos da boca. Carvão é coisa pra se comprar baratinho hoje em dia. Tem nos supermercados, postos de gasolina, nalguma padaria ou vendinha de subúrbio.

Povo, gente, gente pobre e ignorante é feito saco de carvão. O político compra o voto dessa gente prometendo saúde, educação e segurança. Só promete mais hospitais, médicos a rodo e a toda hora. Político compra voto dessa gente com uma cédula de cinquenta contos, pagamento de uma prestação da Macavi ou do Armazém Paraíba, uma bolsa de estudos pra um sobrinho e por aí vai. Depois que está eleito e feito na vida se esquece do povo, que vira saco de carvão. *Pádua Marques é jornalista e escritor, membro da Academia Parnaibana de Letras.

               

 

 

 

Piauí tem 2º maior imposto estadual sobre gasolina

Por: Fenelon Rocha

O ICMS, imposto cobrado pelos governos estaduais, tem no Piauí o segundo maior impacto do país na composição do preço da gasolina. O dado faz parte de levantamento realizado pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) referente a esta segunda quinzena do mês de maio. Segundo o levantamento, somente no estado do Rio de Janeiro o motorista desembolsa mais em ICMS que no Piauí.

O levantamento da Fecombustíveis leva em conta o preço médio para o preço do combustível e a composição de preço. O relatório da Confederação, disponível do site da entidade, faz um diagnóstico para cada tipo de combustível. Quando é avaliado o preço da gasolina, o Piauí fica como o segundo maior cobrado de imposto. No caso do diesel S500, o Piauí segue na primeira metade mais cara, embora desça para a 13ª posição. A situação só fica mais palatável no caso do etanol, em 22º lugar.

Esses valores se referem aos preços cobrados na bomba e mostram o peso do imposto estadual na composição dos preços dos combustíveis. Em média, a gasolina que é vendida no Piauí tem mais de R$ 2,00 em impostos. Nessa mordida do leão, a dentada do estado é maior que a do governo federal: o que é recolhido como tributo estadual (ICMS) é mais do dobro da soma dos tributos federais.

Conforme o levantamento da Fecombustíveis nesta quinzena no Estado do Piauí, o ICMS representa R$ 1,364 de cada litro que o condutor piauiense coloca no tanque, enquanto o valor que corresponde aos impostos federais (CIDE mais PIS/COFINS) é de R$ 0,652. Vale observar que parte da CIDE também é destinada aos estados, o que aumentaria ainda mais a mordida do leãozinho estadual.

A relação disparatada entre o que cobra cada ente é repetida na venda do etanol. Nesse caso, a soma de tributos chegou nesta quinzena a R$ 0,921, segundo os dados disponibilizados pela Fecombustíveis. Desse valor, os tributos federais somam R$ 0,242. Já o ICMS, que vai para os cofres estaduais, é quase três vezes maior: em média R$ 0,679.

A diferença só não é tão despropositada no caso do diesel S500 – um tipo de diesel comercializado nos postos –, cuja variação não chega a 50%. O imposto global cobrado na venda do diesel soma no Piauí R$ 1,075, valor acima do verificado na venda do etanol. Mas nesse caso o impacto do tributo federal é de R$ 0,460, contra os R$ 0,615 recolhidos pelo Estado na forma de ICMS.

PiAUÍ Tributos Federais 
(CIDE + PIS/COFINS)
Tributo Estadual 
(ICMS)
Todos tributos
CIDE + PIS/COFINS + ICMS
Gasolina      0,652 1,364 2,016
Etanol 0,242 0,679 0,921
Diesel S500 0,460 0,615 1,075

Parente defende redução dos impostos

 Ao anunciar ontem o corte de 10% do preço do diesel comercializado na refinaria, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, repisou uma ideia: uma saída para a redução dos preços dos combustíveis é diminuir o tamanho do bolo tributário. Não precisa ser nenhum matemático para entender a proposta de Parente, relembrando que pagamos impostos demais.

Há variação no tamanho do impacto tributário, de acordo com o que cada estado cobra de ICMS. Mas a média nacional é de 43% em tributos – podendo chegar a perto de 50%, em alguns casos.

No caso da gasolina, a alíquota de ICMS varia de 25 a 34%. O Piauí tem uma alíquota de 29%. Na venda do diesel, as alíquotas estaduais vão de 12 a 25%, variação que vai de 12 a 30%, no caso do etanol.

O corte de impostos geraria um impacto direto e significativo no custo do combustível. Mas se os estados estão reclamando até do corte da CIDE, imagine de outro tipo de corte. Porque a CIDE, que corresponde a apenas 5 centavos por litro do diesel, é bem menos que os 61 centavos que o governo do Piauí recebe por cada litro desse combustível.  

Mais produtividade no trabalho e na vida

Por:Janguiê Diniz (*)

No ambiente corporativo, muito se fala em produtividade. A empresa exige produtividade de seus funcionários, o líder requer de seus comandados; mas, ainda assim, muita gente não sabe que o termo se aplica em diversas áreas da vida. Engana-se quem pensa que ser produtivo é apenas fazer diversas tarefas, como numa corrida contra o tempo. A produtividade está relacionada com os resultados, mas também com os meios de trabalho. Não é só fazer, mas fazer bem feito, economizando tempo e recursos e maximizando a entrega final.
 
Paul J. Meyer dizia que “produtividade nunca é um acidente. É sempre o resultado de um comprometimento com a excelência, inteligência, planejamento e esforço focado”. É uma equação complexa que envolve vários fatores, desde técnicos, até subjetivos. Por isso, é importante estar motivado para aquele trabalho. Assim, você rende mais e se sente bem na atividade. O resultado só pode ser o melhor: um trabalho bem feito e altamente produtivo.
 
Para ser produtivo em qualquer atividade da vida, é preciso, antes de tudo, ter organização. Organizar o dia, o tempo, tudo o que é preciso fazer naquele período. Já experimentou programar seu dia na noite anterior? Definir suas tarefas, seus objetivos, o que você quer alcançar. Estabelecer prioridades e colocar as tarefas mais difíceis no topo da lista é um começo. Assim, conforme elas forem sendo concluídas, o dia vai ficando mais tranquilo com as tarefas mais leves. Além disso, cada pessoa tem um período do dia em que é mais produtiva. Cabe identificá-lo e programar as tarefas mais complexas para aquele horário, quando há mais disposição. Importante, nesse caso, é fazer uma coisa de cada vez, para não se perder. Gerenciar o tempo é essencial para obter melhores resultados.
 
Todos temos maus hábitos, que acabam influenciando na produtividade ao longo do dia. Um deles acontece logo na hora de acordar: o famoso botão de “soneca” do despertador. Este recurso é um vilão da produtividade porque o nosso cérebro “programa” o corpo para estar disposto e alerta na hora em que costumamos acordar. É o nosso relógio biológico. Ao pedir aqueles 10 minutos extras na cama, você está, na verdade, se boicotando, porque perde o timing natural do organismo. O ideal é respeitar o primeiro alarme e já levantar da cama, jogar uma água no rosto e encarar o dia. Será, certamente, uma manhã com bem mais disposição.
 
Muita gente costuma passar o dia olhando a caixa de e-mails e redes sociais no trabalho. Isto é um erro. Cada vez que você checa seu e-mail, ou suas redes sociais, está deixando de fazer as outras atividades e, com isso, sua produtividade cai. Segundo o psicólogo Travis Bradberry, o cérebro precisa de, pelo menos, 15 minutos de concentração para entrar no chamado estado de flow, quando toda sua energia está voltada para a execução de uma tarefa. Se o seu trabalho não depende de trocas de e-mails, procure estabelecer horários para a leitura das mensagens, ou se habitue a só fazê-lo depois que concluir uma tarefa. O mesmo vale para as redes sociais, tão utilizadas atualmente.
 

Ser produtivo no trabalho também depende da vida pessoal. Horários certos para acordar, dormir, fazer refeições, exercitar-se e, inclusive, para o lazer: tudo isso é imprescindível, afinal, uma mente cansada ou estressada certamente não será produtiva. Noites bem dormidas resultam em dias com mais disposição. Exercícios físicos são mais do que uma questão estética: fazer alguma atividade regular, por pelo menos 30 minutos ao dia, ativa o corpo e a mente. Se for logo pela manhã, é ainda melhor, pois ajuda a aumentar a produtividade. Para completar, nos períodos livres, é sempre bom investir em atividades de lazer e relaxamento para refrescar a mente. São medidas que levam a uma melhora de desempenho não só no trabalho, mas na vida em geral.

No ambiente corporativo, muito se fala em produtividade. A empresa exige produtividade de seus funcionários, o líder requer de seus comandados; mas, ainda assim, muita gente não sabe que o termo se aplica em diversas áreas da vida. Engana-se quem pensa que ser produtivo é apenas fazer diversas tarefas, como numa corrida contra o tempo. A produtividade está relacionada com os resultados, mas também com os meios de trabalho. Não é só fazer, mas fazer bem feito, economizando tempo e recursos e maximizando a entrega final.
 
Paul J. Meyer dizia que “produtividade nunca é um acidente. É sempre o resultado de um comprometimento com a excelência, inteligência, planejamento e esforço focado”. É uma equação complexa que envolve vários fatores, desde técnicos, até subjetivos. Por isso, é importante estar motivado para aquele trabalho. Assim, você rende mais e se sente bem na atividade. O resultado só pode ser o melhor: um trabalho bem feito e altamente produtivo.
 
Para ser produtivo em qualquer atividade da vida, é preciso, antes de tudo, ter organização. Organizar o dia, o tempo, tudo o que é preciso fazer naquele período. Já experimentou programar seu dia na noite anterior? Definir suas tarefas, seus objetivos, o que você quer alcançar. Estabelecer prioridades e colocar as tarefas mais difíceis no topo da lista é um começo. Assim, conforme elas forem sendo concluídas, o dia vai ficando mais tranquilo com as tarefas mais leves. Além disso, cada pessoa tem um período do dia em que é mais produtiva. Cabe identificá-lo e programar as tarefas mais complexas para aquele horário, quando há mais disposição. Importante, nesse caso, é fazer uma coisa de cada vez, para não se perder. Gerenciar o tempo é essencial para obter melhores resultados.
 
Todos temos maus hábitos, que acabam influenciando na produtividade ao longo do dia. Um deles acontece logo na hora de acordar: o famoso botão de “soneca” do despertador. Este recurso é um vilão da produtividade porque o nosso cérebro “programa” o corpo para estar disposto e alerta na hora em que costumamos acordar. É o nosso relógio biológico. Ao pedir aqueles 10 minutos extras na cama, você está, na verdade, se boicotando, porque perde o timing natural do organismo. O ideal é respeitar o primeiro alarme e já levantar da cama, jogar uma água no rosto e encarar o dia. Será, certamente, uma manhã com bem mais disposição.
 
Muita gente costuma passar o dia olhando a caixa de e-mails e redes sociais no trabalho. Isto é um erro. Cada vez que você checa seu e-mail, ou suas redes sociais, está deixando de fazer as outras atividades e, com isso, sua produtividade cai. Segundo o psicólogo Travis Bradberry, o cérebro precisa de, pelo menos, 15 minutos de concentração para entrar no chamado estado de flow, quando toda sua energia está voltada para a execução de uma tarefa. Se o seu trabalho não depende de trocas de e-mails, procure estabelecer horários para a leitura das mensagens, ou se habitue a só fazê-lo depois que concluir uma tarefa. O mesmo vale para as redes sociais, tão utilizadas atualmente.
 
Ser produtivo no trabalho também depende da vida pessoal. Horários certos para acordar, dormir, fazer refeições, exercitar-se e, inclusive, para o lazer: tudo isso é imprescindível, afinal, uma mente cansada ou estressada certamente não será produtiva. Noites bem dormidas resultam em dias com mais disposição. Exercícios físicos são mais do que uma questão estética: fazer alguma atividade regular, por pelo menos 30 minutos ao dia, ativa o corpo e a mente. Se for logo pela manhã, é ainda melhor, pois ajuda a aumentar a produtividade. Para completar, nos períodos livres, é sempre bom investir em atividades de lazer e relaxamento para refrescar a mente. São medidas que levam a uma melhora de desempenho não só no trabalho, mas na vida em geral.
(*) Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – 

PT aprendeu muito com o velho PFL

Por:Zózimo Tavares

Segue a queda de braço entre o PT do Piauí e os partidos aliados em torno da chapa proporcional para as eleições deste ano. Os aliados querem o famoso chapão, com todos os partidos juntos. Os petistas bateram pé e querem marchar com chapa pura. A posição dos companheiros deixou o governador Wellington Dias entre a cruz e a espada.

Em função do impasse, foi adiada deste último final de semana para os dias 20 e 21 de julho o encontro regional do PT que baterá o martelo sobre a formação da chapa para a eleição de deputado. Ou seja, a decisão final sairá já na véspera da convenção, que será realizada no dia 22 de julho.

O PT tem três cadeiras na Assembleia Legislativa, ocupadas pelos deputados Francisco Limma, Fábio Novo e Flora Izabel. O partido calcula que com a chapa única saltará para cinco ou mesmo seis cadeiras no parlamento estadual.

PFL foi bom nisso!

A posição dos petistas, nesta questão, lembra muito o que houve na eleição de 2002 no Piauí. O governador Hugo Napoleão (PFL) concorria à reeleição. Em seu curto governo, prestigiou a Assembleia, chamando seis deputados do partido para o seu secretariado.

Acontece que, na hora da campanha, os deputados queriam ainda mais espaço no governo. Hugo foi firme: “Todos já estão muito bem locupletados”.

E continuaram assim. Hugo foi derrotado e todos os deputados que ocuparam secretarias renovaram seus mandatos.

Outro caso

Antes, nas eleições de 1994, os deputados do governo também focaram em suas próprias eleições e o inesperado aconteceu: o então ex-prefeito de Parnaíba, Mão Santa (PMDB), se elegeu governador, impondo uma vexatória derrota ao imbatível PFL.

Naquelas eleições, os pefelistas, com a máquina na mão, fizeram os dois senadores e 22 dos 30 deputados estaduais, mas perderam o governo. Humberto Reis da Silveira, decano da Assembeia Legislativa, saiu-se com esta:

– Fizemos o acessório e perdemos o principal.

Em sua defesa, o PT dirá que hoje os tempos são outros!

Estudo jurídico do PT para sustentar candidatura de Lula é do tipo Piada do Ano

Charge do Nani (nanihumor.com)

Daniela Lima
Folha/Painel

Diante das informações de que ministros do Tribunal Superior Eleitoral buscam uma forma de rejeitar a inscrição de Lula na corrida presidencial “de ofício”, sem dar margem para discussão, a direção do PT começou a levantar casos de candidatos que disputaram eleições com registros indeferidos e depois, escolhidos pelo voto, reverteram a inelegibilidade. O estudo, conduzido pelo advogado Luiz Fernando Pereira, usa dados a partir de 2002 e vai sustentar a ofensiva retórica do partido nas ruas e nos tribunais.

O PT sabe que será difícil encontrar apoio à causa, especialmente porque o ministro Luiz Fux, que estará no comando do Tribunal Superior Eleitoral em agosto, quando haverá o registro de candidaturas, já deu declarações que indicam posição contrária à inscrição de Lula.

Por que não eu? Pereira sustenta tese segundo a qual o que existe hoje em relação ao ex-presidente é uma inelegibilidade provisória. Com base no material colhido pelo advogado, o partido produzirá campanhas com o mote “Lula será exceção à regra?”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Chega a ser estarrecedora a incompetência dos supostos “especialistas” em Justiça Eleitoral que servem ao PT. As informações passadas ao Painel da Folha estão cheias de erros. Por exemplo, a declaração “de ofício” não exclui o direito de defesa. Além disso, Luiz Fux não estará no comando do TSE quando a candidatura de Lula for impugnada. Ele deixa o tribunal em 15 de agosto, último dia para registro das candidaturas (até 19 horas). Outro erro crasso do “estudo” dos juristas do PT é citar exemplos a partir de 2002. A impugnação de Lula será com base na Ficha Limpa, que é de 4 de junho de 2010, uma lei promulgada pelo próprio Lula. A impugnação dele não será exceção a nenhuma regra. É tudo conversa fiada. (C.N.)

Salários atrasados: Professores contratados do Estado vão ao Ministério Público do Trabalho

Por: Arimatéia Azevedo

Párias sociais

Professores substitutos, contratados diretamente pela Secretaria da Educação, têm-se queixado de atrasos no pagamento de seus salários. Ademais, eles ainda percebem menos que os professores efetivos (aqueles admitidos no Estado por concurso) e não fazem jus a integralidade de férias e décimo-terceiro salário. Esses profissionais estão hoje vivendo em um limbo jurídico. Não são regidos integralmente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que lhes garante, por exemplo, o recolhimento de obrigações sociais como FGTS e PIS. O Estado só recolhe deles a parcela da Previdência – ou pelo menos se imagina que o faça, já que ultimamente o governo tem-se valido até de parcelas de empréstimos consignados para manter seu fluxo de caixa. Bem, mas voltando aos professores “celetistas”, sabe-se agora que muitos deles foram bater à porta do Ministério Público do Trabalho, que de ofício tem recusado aceitar suas queixas porque uma decisão do Supremo Tribunal Federal determina que as relações de trabalho com entes públicos que tenham legislação própria devam ser cuidados pelo Ministério Público Estadual. Para piorar, o Sindicato dos Professores do Estado não cuida dos “professores celetistas”, porque isso seria reconhecer a condição da contratação deles, contra a qual o Sinte legitimamente se rebela. Assim, os professores substituto se transformaram em um grupo de milhares de pessoas que podem se converter numa espécie de párias sociais.

Morre escritor Piauiense Herculano Moraes

Por: Kenard Kruel Fagundes

Nesta quinta-feira, 17, as letras piauienses perde um dos seus mais braçais trabalhador: Herculano Moraes da Silva Filho. Um amigo querido, que tanto me ouviu e me ajudou nas horas mais conflituosas de minha vida. Uns dirão, a vida segue. E seguirá sim, porém com esta asa de dor do pensamento.

Jornalista, poeta, crítico literário, romancista e historiógrafo Herculano Moraes dedicou-se, com afinco, no processo pioneiro de interiorização e democratização da cultura, sendo aclamado por uns e rejeitado por outros que ainda consideram o fazer cultural lazer da Casa Grande. Coração aberto, acolhia a todos, da mesma maneira, que tivessem talento ou não. Ele justificava: – “O tempo fará a peneira”. Com o seu falecimento muitos dos nossos escritores terão as suas carreiras paralisadas e os que viriam, não virão mais. Não pela pena dele.

Apesar de ter fundado e pertencer a inúmeras Academias de Letras, tendo presidido várias delas, o seu sonho maior era ser presidente da Academia Piauiense de Letras. Sonho barrado inúmeras vezes pelos senhores feudais da Casa de Lucídio Freitas. Não, jamais ele seria presidente da Academia Piauiense de letras. Estava decretado. O perdão foi feito para pedir mas não para ser dado. E não o deram a ele.
Herculano Moraes é do município de São Raimundo Nonato, sul do Piauí, onde nasceu a 2 de maio de 1945. Herculano Moraes da Silva e Olinda Moraes da Silva

Membro da Academia de Letras do Vale do Longá – ALVAL (sediada em Barras/PI), da Academia de Letras do Vale do Longá (ALVAL), da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC), com sede em Piracuruca/PI, da Academia de Ciências do Piauí, da Academia Pedrossegundense de Letras e Artes, da Academia de Letras do Médio Parnaíba (com sede em Amarante/PI) e da Academia Piauiense de Letras. Membro da União Brasileira de Escritores – UBE – PI, da Associação Nacional de Escritores (DF), da Associação Piauiense de Imprensa, do Clube do Repórter do Piauí e do Sindicato dos Jornalistas do Piauí. Foi um dos fundadores do CLIP, ao lado de João Henrique de Almeida Sousa, Cacilda da Mata, Hardi Filho, Nerina Castelo Branco, Osvaldo Lemos e Francisco Chagas.

Foi diretor do Theatro 4 de Setembro e da Casa Anísio Brito, em Teresina. Foi Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Educação. No Governo Lucídio Portella foi nomeado Secretário de Estado da Comunicação. 

OBRAS PUBLICADAS: “Murmúrios ao Vento” (1965); “Vozes Sem Eco” (1967); “Meus Poemas Teus” (1969); “Território Bendito” (1973); “Cantigas do Amor Fundamental” ( 1974); “Seca, Enchente, Solidão” (1977); “Pregão” (1978); “Amor” (1987 e 1989); “Chão de Poetas” (1974); “A Nova Literatura Piauiense” (1976); “Visão Histórica da Literatura Piauiense”, 3 edições (1976, 1982 e 1991); “Fronteiras da Liberdade” (1981), romance; “Legendas” e outros. Foi incluído no livro “A Poesia Piauiense no Século XX” (1995), organizada por Assis Brasil e na coletânea “Piauí: Terra, História e Literatura” (1980), organizada por Francisco Miguel de Moura.
Vá em paz, meu bom amigo. Que Deus tenha em bom lugar. Com fé, esperança e amor.

Fonte:Facebook

Dinheiro que mantém os partidos políticos é da sua conta e são R$ 3,6 bilhões…

Charge do Sinovaldo (Jornal VS)

Gil Castello Branco
O Globo

Os partidos políticos terão nas próximas eleições R$ 2,6 bilhões provenientes de recursos públicos. O valor corresponde à soma dos Fundos Partidário (R$ 888,7 milhões) e Eleitoral (R$ 1,7 bilhão). Além disso, se considerado o montante que o governo abre mão de arrecadar em impostos por conta da veiculação do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio (R$ 1 bilhão), o dinheiro público que sai do Orçamento ou que deixa de entrar no caixa da União ultrapassa R$ 3,6 bilhões.

Os R$ 3,6 bilhões equivalem às despesas integrais somadas dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo em 2017. É muito dinheiro repartido sempre entre os mesmos. Nos últimos dez anos, os partidos brasileiros renovaram apenas um de cada quatro dirigentes, segundo análise da consultoria Pulso Público. A empresa avaliou a composição das Executivas e Diretórios Nacionais das legendas registradas na Justiça Eleitoral neste período. Como diziam as avós, muda a marmelada, mas as moscas são as mesmas.

SEM TRANSPARÊNCIA – Há dois meses, o Movimento Transparência Partidária divulgou relatório com balanço sobre o nível de transparência dos partidos no Brasil. O resultado foi contundente. Dos 35 partidos registrados na Justiça Eleitoral, o mais bem colocado no ranking obteve a nota 2,5, em escala que vai de 0 a 10.

São precárias, por exemplo, as declarações de despesas e a identificação dos prestadores de serviço, em nível municipal, estadual e federal, e a publicação de dados em formato aberto, de forma a permitir que os cidadãos possam analisar as informações. Também não há clareza na relação dos filiados com os respectivos dados pessoais e no histórico de dirigentes, com as datas de ocupação dos cargos e a forma de escolha.

Além disso, é difícil descobrir quais são as regras para ocupação de cargos nos partidos e como se dá a escolha dos candidatos nas eleições. São raras as listas de funcionários, suas funções, salários, agendas de atividades etc.

SEM FISCALIZAÇÃO – Pela legislação atual, os partidos são obrigados a declarar suas contas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma vez por ano. Mas a análise e o julgamento dessas contas são bizarros. Há poucos dias, foram julgadas pela Corte, pasmem, as contas referentes ao ano de 2012. A defasagem é tal que sobre essas contas pairavam o risco e o vexame da prescrição, já consumada em anos anteriores.

Os processos relativos aos anos subsequentes avolumam-se no TSE. Há cerca de 1.200.000 páginas pendentes de julgamento.

Ainda que tardios, os julgamentos trazem à tona enormes absurdos. Nas contas de 2011, analisadas em 2017, estavam notas fiscais de barris de chope, vinhos, caipirinha, uísque, jatinhos, banda de rock e até o pagamento a uma consultoria, pertencente a um funcionário do partido, para a realização de um “estudo”, copiado da internet.

IRREGULARIDADES – Ao julgar as contas de 2012 no início deste mês, o TSE determinou que os partidos devolvam mais de R$ 13,3 milhões em virtude de irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Partidário. Os maiores ressarcimentos ao Erário terão de ser feitos por PSDB (R$ 5,4 milhões), PT (R$ 1,53 milhão), DEM (R$ 1 milhão), PMN (R$ 922 mil) e PP (R$ 726 mil).

Vale lembrar que para diminuir a papelada, aprimorar e agilizar as análises, em 2006 a Justiça Eleitoral tentou implementar um sistema eletrônico para prestação de contas partidárias, semelhante ao utilizado pela Receita Federal para a declaração do Imposto de Renda. A proposta acabou engavetada devido à forte resistência das legendas.

EMBROMAÇÃO – Os partidos continuaram a enviar suas prestações de contas em papel, usando classificações genéricas para justificar os gastos, como “serviços técnicos”, “manutenção da sede” ou “transporte”, dificultando a identificação exata de como os recursos foram utilizados.

No ano passado, finalmente, as receitas e despesas dos partidos políticos passaram a ser informadas ao TSE por meio do chamado Sistema de Prestações de Contas Anuais (SPCA). Ainda assim, em 3 de abril deste ano, em reunião no TSE, os partidos políticos solicitaram ao presidente do tribunal a suspensão do uso do sistema eletrônico, com o que, felizmente, não concordou o ministro Luiz Fux. Além de manter a ferramenta como obrigatória, o ministro manteve o prazo — que se esgotou em 30/4 — para que os partidos completassem as declarações no sistema.

Pessoalmente, entendo que as informações prestadas pelos partidos devem ser imediatamente divulgadas na internet, em formato que facilite a pesquisa, inclusive em dados abertos. Afinal, o dinheiro dos partidos políticos é da nossa conta.

A linha de praia

Por:Arimatéia Azevedo

O episódio envolvendo a pousada Bob Z, no litoral do Piauí, por conta da construção dita irregular (na visão do SPU) de obras da pousada na chamada linha de praia, dá a exata noção de que boa parte dos 66 quilômetros de praia do Piauí foi ocupada irregularmente.  Na nota da Superintendência do Patrimônio da União no Piauí divulgada ontem, no Portal AZ, mostra que 239 imóveis que se encontram na mesma situação, portanto em posição irregular, fatalmente serão destruídos, conforme a lei, criando, certamente, um cenário de horror no já tão pobre turismo local. O SPU informa que ‘aguarda desfecho judicial para o caso’, como intuindo a se imaginar que em sendo favorável à manifestação do governo, o Judiciário mandará derrubar todas as edificações apresentadas irregulares. Pior é que questões parecidas estão localizadas nos centros mais avançados do turismo como Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador, enfim, onde existir litoral. Os empreendedores têm suas justificativas, embora não satisfaçam aos órgãos do Meio Ambiente, tanto que, a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará fechou um dos pontos mais chiques e atrativos da frequentadíssima Jericoacoara, o The Alchymist Beach Club. Sua licença foi suspensa sob o argumento de que estava construída em área de preservação permanente. Muitos entendem a posição desses órgãos como de perseguição. “Geramos mais de 100 empregos diretos e ajudamos a desenvolver o turismo no litoral do Piauí”, diz Bob Ziegert, mas o SPU tem pronta resposta para justificar o que faz: “nenhum empreendimento pode se esconder atrás da justificativa de gerar emprego, renda e turismo para praticar atos ilegais que visem privatizar o uso de espaços públicos ou degradar o meio ambiente”.

Escolha de vice embola a sucessão estadual

Por:Zózimo Tavares

Três chapas com candidatos a governador estão delineadas entre os partidos tradicionais.

O governador Wellington Dias disputa a reeleição com o PT e aliados. O deputado estadual Luciano Nunes, do PSDB, tenta puxar os partidos de oposição para o seu palanque e o senador Elmano Férrer, recém-filiado ao Podemos, busca uma aliança oposicionista para se apresentar como terceira via.

Na formação de suas chapas, esses três pré-candidatos a governador enfrentam dores de cabeça para definir seus vices.

Briga de foice

No palanque do governo, existe uma briga de foice no escuro pela indicação do vice de Wellington nas eleições deste ano. O Progressistas e o MDB estão engalfinhados na disputa. O PTB também reivindica a vaga.

O pré-candidato do PSDB não tem escolha. Ele marchará com um vice que lhe for imposto por um dos partidos aliados.

Já em relação ao pré-candidato do Podemos, a história é diferente. Ele ainda está atrás de um vice e até agora ninguém se apresentou com interesse em figurar como seu companheiro de chapa.

São estas algumas das peculiaridades para a formação das chapas de candidato a governador e a vice para as eleições de 2018 no Piauí.

Treze de Maio – Dia das Mães

Por: Benedito Gomes(*)

Neste ano de 2018 o dia treze de maio está completo de alegrias, sorrisos, abraços, parabéns e religiosidade. Tudo pela coincidência, dia das mães e o dia de Nossa Senhora de Fátima.

A religião católica comemora no dia treze de maio, o dia consagrado a Nossa Senhora de Fátima, cujo nome vem da aparição da imagem aos pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta.

Os pequenos pastores viram a imagem flutuando sobre árvores no dia treze de maio de 1917, em um lugar chamado Cova da Iría, região de Fátima em Portugal. De lá para cá o mês de maio ficou conhecido como mês de Maria, mês das mães e no dia treze é comemorado o dia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Este ano, como fazemos sempre, no segundo domingo de maio, prestamos uma justa homenagem a uma pessoa muito querida, amada e respeitada e que todos nós temos a felicidade de cham-la mãe ou mamãe.

O nome mãe traz segurança. Mãe é um nome doce, é um nome que pode ser pronunciado em qualquer lugar. Mãe, mesmo não sendo beatifica ou canonizada. Mãe é uma santa. O poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense em uma de suas poesias escreveu este lindo verso: “eu vi minha mãe rezando, aos pés da Virgem Maria, era uma santa escutando, o que a outra santa dizia”. Emocionante!

Mãe é a pessoa forte na família, como alguém escreveu certa vez: “mãe é a rainha do lar”. Nos momentos de alegria ela administra a festa com delicadeza e sabedoria. Também quando bate a tristeza, no momento de aflição, ali está a mãe com uma palavra amiga, com um conselho recheado de ternura. A voz da mãe tem som inconfundível, é sempre reconhecido pelos filhos sejam humanos ou não.

Reúnam-se todos façam uma bela festa composta por alegria, sorrisos, gentileza e outros componentes do grupo educação e não esqueçam de acrescentar simplicidade.

Parabéns mamães! Tudo de bom, felicidades!!!

(*)Benedito Gomes

Contador

Tem que ser coisa boa a perder de vista.

 

 *Por Pádua Marques

 Quando fui estudar em Fortaleza, uma das coisas que, logo na viagem, assim de cara, mais me impressionou foi a rodoviária. Ainda quase um menino, nunca havia saído daqui até o Buriti dos Lopes, tinha pouco o que contar de minha terra. Eu e meus colegas ficamos de boca aberta, de queixo caído com aquela beleza de arquitetura, suas colunas, passarelas, amplos espaços de circulação, ônibus chegando e saindo de tudo quanto era canto, guichês bem localizados e tudo o mais.

Nada lembrava aquilo que deixamos na capoeira da Parnaíba e que alguns sossegados achavam ser a cidade mais desenvolvida do mundo. Uma agência de ônibus na esquina de uma rua, a Humberto de Campos e que fazia o papel de rodoviária. A outra agência, dita do Marimbá, com destino a Teresina, ficava nas proximidades da Álvaro Mendes. Tudo como uma cidade pequena queria ser e que se acostumou ainda por muitos anos sendo.

Fortaleza nos impressionou pelo tamanho, a quantidade de carros, edifícios de vários andares, avenidas, supermercados imensos, praças e restaurantes de excelente aspecto, lojas grandes e elegantes. Nem pareciam a nossa acanhada rua Marechal Deodoro com sua Pernambucanas, Armazém Bandeirantes, O Ditador da Moda, Casa dos Esportes e mais lá na praça da Graça, a Casa Cristino e a Rosemary. Isso era tudo e tudo o que nós da Parnaíba tínhamos de melhor.

Depois de Fortaleza fui estudar e trabalhar no Rio de Janeiro e lá acabei me acostumando com toda aquela imensidão de coisas grandes. O Maracanã, o aterro do Flamengo, a Mesbla, ponte Rio-Niteroi. Ficasse aqui contando nos dedos não haveria de ter dedo nas mãos e nos pés que desse conta de tanta coisa grande que vi na vida e pelo mundo onde andei. Fui me estabelecer em São Paulo e aí foi que a coisa ficou num ponto que depois jamais me acostumei com mesquinharia.

E foi essa vontade que tive de um dia se tivesse condições, eu faria pela Parnaíba se tornar grande, igual o mundo que vi lá fora e que me deu ideia de desenvolvimento, de progresso. Uma cidade cheia de bons e grandes edifícios, escolas, universidades, avenidas, terminais de cargas, ônibus, estações de passageiros, bancos, teatros, estádios, shoppings, enfim tudo aquilo que a gente sonha ser bom num lugar pra se viver e principalmente onde corre dinheiro.

Nessa semana andei sabendo que o prefeito Mão Santa, meu conterrâneo e colega de Academia Parnaibana de Letras, sonha construir um dos empreendimentos mais significativos de uma cidade que preste, um centro de convenções. Faz tempos que eu venho falando isso desde que aqui cheguei. Quem procurar nos jornais daquela época vai encontrar estas minhas cobranças com relação a um centro de convenções pra Parnaíba.

Não se entende uma cidade já do tamanho da Parnaíba, onde todo que é santo dia tem coisa acontecendo, realizar eventos de qualquer ordem e tamanho tendo que usar auditórios do tamanho de uma casca de ovo. Eventos que, se forem convidadas trezentas pessoas e se chegar uns poucos a mais, vão certamente ficar lá fora ou em pé. Mas bom que se diga de uma vez por todas: um centro de convenções, assim como outros empreendimentos, é um equipamento próprio de iniciativa privada.

Não é coisa pra ser gerenciada por prefeitura ou qualquer tipo de órgão de governo. Governo não sabe dirigir nem ele próprio. Se sair esse centro de convenções, digo mais, que se passe em seguida pra uma empresa privada com capacidade e experiência. Se sair mesmo esse centro de convenções, que seja grande e coisa boa a perder de vista! Porque de coisas pequenas já bastam algumas ideias que se materializaram e perpetuaram na Parnaíba. *Pádua Marques é jornalista e membro da Academia Parnaibana de Letras.

 

 

Na Bíblia há fenômenos mediúnicos, mas os cristãos silenciam sobre eles

José Reis Chaves
O Tempo

Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, é um ser humano desencarnado. Portanto, um contato com ela na verdade é com seu espírito. Isso é um fenômeno mediúnico que dispensa comentários. E fica claro também que, nas aparições de Fátima, em Portugal, Lúcia, Jacinta e Francisco eram médiuns videntes. A mediunidade é universal e existe desde que o homem existe. Ela é inata, embora sua manifestação possa ocorrer em diferentes fases da vida, inclusive nos últimos momentos antes da morte.

A literatura mundial de todos os tempos é rica de registros de pessoas que conversam com as que já morreram e que lhes aparecem. E mediunidade não é característica de santidade.

MEDIUNIDADE – Pessoas de qualquer religião, ou sem nenhuma e mesmo ateias podem ser médiuns. Toda pessoa tem um pouco de mediunidade. E há as que a têm num grau especial ou ostensivo. São as que incorporam espíritos que enviam mensagens escritas, por meio delas. São os médiuns psicógrafos. Existem também os médiuns de psicofonia, através dos quais, espíritos falam em discursos, palestras e até para a formação de livros. E, desde os anos 50, mais ou menos, as falas são gravadas e, depois, ouvidas e passadas por escrito.

Na Bíblia, há vários fenômenos mediúnicos que muitos líderes cristãos que os percebem ficam em silêncio sobre eles. É que uma lei de Moisés, não de Deus, proíbe o contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo 18). E muitos desses líderes religiosos ainda hoje confundem esse verbo proibir com o existir.

SÓ O CONTATO – Ora, Moisés só proibiu o contato com eles. Ele não diz que o espírito não existe. E essa proibição até confirma que o contato existe mesmo, pois Moisés não era maluco de proibir uma coisa inexistente! E ele proibiu o contato com os espíritos dos mortos e não com outra suposta categoria de espíritos. Ademais, os demônios, “daimones” no grego, língua original do Novo Testamento, são os espíritos dos mortos, e entre os quais há sim os maus ou ainda impuros, mas há também os bons e até os santos. No entanto, lamentavelmente, muitos dos líderes religiosos que sabem do que estamos falando, não esclarecem essa questão para seus fiéis. E disso vão prestar contas. Um erro, mesmo sendo antigo, não se justifica!

Na Bíblia, há muitos exemplos de fenômenos de aparições e manifestações de espíritos dos mortos. Referindo-se a Samuel, diz ela que ele, até depois de morto, profetizou (Eclesiástico 46: 20). Com a médium de En-Dor, temos um exemplo dessa verdade, quando Samuel, já desencarnado, manifesta-se a Saul (1 Samuel capítulo 28).

JESUS E PAULO – E até Jesus, depois de sua morte, comunica-se com Paulo, na estrada de Damasco, o que é também um fenômeno espírita ou mediúnico. Há, sem dúvida, uma grande diferença entre essa manifestação do Espírito do excelso Mestre e as dos espíritos de outros seres humanos. A própria luz, através da qual Jesus se manifesta a Paulo, o comprova, pois ela era tão intensa que Paulo até ficou cego. Depois, ele foi curado por Ananias. É muito comum os Espíritos se apresentarem em forma de luz ou fogo. E quanto mais perfeitos eles forem, mais brilhantes são as suas respectivas luzes. Não é, pois, surpreendente que a Luz do Espírito de Jesus seja tão brilhante a ponto de provocar cegueira.

Mas o que queremos destacar é que, se os fenômenos espíritas ou mediúnicos são tão verdadeiros que estão até na Bíblia, por que os de Nossa Senhora de Fátima não poderiam ser também da mesma natureza mediúnica?

De quem é a responsabilidade?

*Julio Gavinho

A GloboNews informou-me que os moradores do prédio que ruiu depois do incêndio em São Paulo, eram mantidos cativos no imóvel à noite, entre 23:00 e 06:00. A coordenação, manutenção, operação e cadastro dos moradores do prédio federal invadido eram feitos pelo MTST que além do cárcere, cobrava uma “taxa de manutenção” dos moradores/invasores. Os MTST são os maiores Stalinistas fora da Rússia, depois do próprio Stalin. A apropriação da miséria pela organização politica que clama por representá-la. O “dia da marmota” comunista, repetido a 100 anos só para o bem da cúpula do partido.

Ao menos um morto e vários feridos podem ser colocados na conta deste grupo. 150 Famílias, com cerca de um quarto de estrangeiros. 

Ok, não sejamos tão duros com eles: divida aí esta tragédia em quatro quartos sendo um do MTST e de sua organização desorganizada que incitou a invasão de um imóvel inabitável; outro quarto para a prefeitura que catalogou os moradores na sua “cota particular de miseráveis” mas tampouco fez qualquer coisa para preservar a vida; mais 25% na conta do governo do estado de SP que permitiu através dos bombeiros e da defesa civil, que estas pessoas habitassem um imóvel em condições pré-ruína e, finalmente; o quarto final no governo federal, dono do imóvel que fez ouvidos moucos aos gritos de desespero das famílias invisíveis as benesses do Planalto.

Se eu pudesse criar um quinto quarto, dadas as proporções exageradas da quase tragédia, eu reservaria para você. Você que gasta sua energia com o topo da administração, seja o supremo, o congresso ou o palácio, e se esquece do mal que corrói nossa sociedade bem aqui, ao alcance do nosso braço.

Estamos condenados.

*Julio Gavinho é  executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência, fundador da Doispontozero Hotéis, criador da marca ZiiHotel, sócio e Diretor da MTD Hospitality

Devido às alianças estaduais, o PT não pode tratar Ciro como inimigo…

Ciro disse que Gleisi Hoffmann é digna de pena

Daniela Lima
Folha/Painel

Num coro de desafinados, dirigentes do PT começam a manifestar preocupação com o tom de integrantes do partido que, para interditar debate sobre um plano B na eleição presidencial, constrangem o candidato Ciro Gomes (PDT). A cúpula da sigla vetou projeção de cenário que não se restrinja a Lula, mas uma ala entende que o pedetista não deve ser tratado como desafeto nem exposto de maneira desnecessária, inclusive para não prejudicar alianças nos estados ou em um segundo turno da disputa pelo Planalto.

A posição do PT em relação a Ciro Gomes mobilizou debates na última semana. A diretriz da sigla é dar o assunto como encerrado.

“Não se cogita outro candidato. Nossa prioridade é libertar o Lula e finalizar o plano de governo. Agora, Ciro Gomes não é inimigo e não deve ser tratado como tal”, diz Emidio de Souza, tesoureiro do PT.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A situação do PT é complicadíssima. A prisão de Lula colocou o partido de cabeça para baixo, porque ele pode aparecer na TV, no início do horário gratuito, a 31 de agosto, mas somente com imagens de arquivo. E ficar no ar por cerca de 12 dias, apenas, até a cassação do registro da candidatura. E os petistas vão votar em quem? Qual é o Plano B? (C.N.)

O mal só acontece com os outros

Por: Pádua Marques

Não foi aqui por perto, mas bem que poderia ter sido. Digo daquele terrível incêndio dia 1º de maio, Dia do Trabalho, no início da madrugada no centro de São Paulo. Um cortiço, desses que se multiplicam feito cogumelos nas grandes cidades e onde moram milhares de pessoas e de famílias. Famílias miseráveis, de gente sem emprego formal, vindas de tudo quanto é canto e que vive igual bicho bruto dentro de carroceria de caminhão, uns por cima dos outros, na maior promiscuidade.

Nesses cortiços, iguais a esse do incêndio de São Paulo, se alguém tiver coragem de entrar, certamente vai sair com outra visão de mundo e de pobreza. Portas feitas de papelão ou de caixotes, varais cheios de cuecas de pedreiros, chambres de velhas, cueiros de meninos com cara de fome e querendo peito.

Uns mais lá na frente fazendo churrasco e bebendo cachaça, fumando maconha ou crack. Uns mais adiante assistindo televisão o dia inteiro. Homens, mulheres, crianças e até mocinhas dormindo na mesma cama ou o que se pode chamar de cama. É mais um edifício que pegou fogo e levou pra debaixo do chão e transformou em cinzas todos os poucos pertences dessas famílias, desses moradores de rua que ocupam algum canto procurando abrigo na hora de dormir e que no outro dia vão à procura do que fazer.

Nesses escombros em que se transformou tudo naquela madrugada, alguém pode encontrar camisas do Corinthians ou do Palmeiras, copos de plástico, panelas, televisão, geladeira, fogão, enfim, tudo o que pobre junta tão logo pega em dinheiro pra ir passando.

A população de rua, de desvalidos, miseráveis, de gente com pouca ou nenhuma ocupação, anda crescendo nas cidades, sejam grandes ou médias. Pobreza não escolhe cara, geografia e nem nacionalidade. Pobreza judia de gente e faz gente sofrer. Podemos imaginar a situação dessas pessoas e famílias, nesse exato momento. Com a mão na cabeça sem qualquer referência de quem foram, são e de onde vieram. É bom que as prefeituras, inclusive Parnaíba, passem a olhar com olhos de prudência pra essas ameaças de ocorrência e situações.

Estes moradores de rua que estão se transformando numa caixa de problemas pra os programas de assistência social, alguns deles, senão a maioria tem histórico de delinquência, desajustes sociais em maior ou menor grau. Ninguém nesses cortiços e tendo vida de dificuldades, pelo que se sabe, saiu de um convento ou está querendo ir pra um.

Mas não seja por isso que nós cidadãos, que temos todo dia, casa, comida pra comer, televisão pra assistir a novela e cama pra dormir, vamos apontar o dedo e discriminar fechando as portas da nossa sensibilidade. Portanto, vamos ficar atentos. Hoje foi São Paulo. Amanhã pode ser o Rio de Janeiro. Depois pode ser outra cidade. Necessário que os órgãos de assistência social fiquem atentos porque na hora que a labareda de fogo vem no rumo de um, pega quem está na frente e não escolhe cara e nem religião.

(*) Pádua Marques – jornalista e escritor